VI
ENCONTRO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIATerritório de Identidade do Litoral Sul
Munícipio Itajuípe
16, 17 e 18 de novembro 2012
ÍNDICE
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
APRESENTAÇÂO DO ENCONTRO
PROGRAMAÇÃO
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
RESUMOS DAS ATIVIDADES
ENCAMINHAMENTOS
INSTITUIÇÕES PRESENTES
AGRADECIMENTOS
VÍDEO RELATO
VÍDEO RELATO
INFORMAÇÕES
TÉCNICAS
Esse documento é um relatório técnico descritivo da VI
Encontro de Fórum de Cultura da Bahia. Ele é fruto da necessidade de registro
do evento e do compartilhamento dos conteúdos construídos no evento. Esse texto
é de responsabilidade técnica de Darlon Silva, Freitas e Douglas de Almeida que
contaram para sua construção com o apoio de demais membros do Fórum. E com o
registro fotográfico do olhar sensível de Eduardo
Silva e demais fotógrafos. Todas
as informações descritas nesse texto objetivam aproximar o leitor da rica
experiência de execução do VI Encontro no Município de Itajuípe, no território
de Identidade do Litoral Sul.
RESPONSÁVEIS PELO PROJETO TÉCNICO DO VI ENCONTRO
Douglas de Almeida
Rafael Batista
Freitas
Silmara
Zé Carlos Negão
APRESENTAÇÃO DO
FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
O
FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA foi
articulado durante a realização da IV Conferência Estadual de Cultura em 2011,
e criado a partir das reuniões de formação em janeiro de 2012 no Espaço N’Casa
em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
O
Fórum é um espaço de discussão e de articulação permanente, composto de pessoas
físicas e jurídicas envolvidas com a questão cultural, não fazendo qualquer
discriminação de origem étnica, de gênero, de religião e de linguagem
artística. O Fórum é apartidário e aberto à cooperação com órgãos
governamentais, com abrangência nos 417 municípios do Estado da Bahia.
O
Fórum é um instrumento de controle social da Sociedade civil para proposição,
monitoramento e avaliação das estratégias de gestão das políticas culturais do
Estado da Bahia. É de objetivo do Fórum acompanha a execução de ações, projetos
e programas que são executados por órgão governamentais (esferas municipal,
estadual e federal) e pela iniciativa privada. O Fórum se direciona para apoiar
os trabalhos e as ações dos Conselhos Municipais de Cultura e do Conselho
Estadual de Cultura, potencializando as formas e meios de produção e acesso à
cultura, o marketing e divulgação cultural, além de apoiar as ações do Fundo
Estadual de Cultura, e apoiando os editais e chamamentos públicos da área
cultural.
O
Fórum é uma forma democrática de reunir pessoas, entidades, artistas,
produtoras/es, professoras/es, estudantes, interessadas/os na cultura em geral
e debater todas as questões, dentre elas e a mais importante de todas, a
Política Estadual de Cultura. Assim como promove capacitações, workshops e
oficinas para qualificação social e profissional e para capilarização das
políticas culturais nos 27 territórios de identidade do Estado da Bahia.
O
Fórum é uma articulação estadual, para valorização da cultura, de pessoas,
entidades não governamentais e de empresas, bem como de entidades que
representam profissionais das respectivas áreas da cultura. Ele é um
instrumento da sociedade civil organizada, se dispondo a discutir problemas e
encontrar soluções estratégicas para gestão das políticas culturais no Estado.
Que apoia e potencializa a continuidade das políticas aprovadas nas diversas
instâncias governamentais, fortalecendo a operacionalização delas nos 27 territórios
de identidade da Bahia.
O
Fórum é eclético, plural, apartidário, mas com muita raça para decidir, peitar,
encaminhar saídas estratégicas para as crises e os problemas da gestão das
políticas culturais. O Fórum Estadual tem por objetivo promover e fortalecer os
Fóruns Municipais de Cultura no Estado.
APRESENTAÇÃO DO
ENCONTRO
Nos dias 16, 17 e 18 de novembro, aconteceu na cidade de
Itajuípe, o VI Encontro Fórum de Cultura da Bahia (Território Litoral Sul), com
o intuito de discutir políticas públicas de cultura e trocar informações,
saberes e fazeres das diversas e distintas manifestações culturais baianas,
principalmente aquelas presentes neste território. Foram três dias de vivências
com mesas-redondas, oficinas artísticas, rodas de conversas, exibição de filmes
e apresentações musicais, teatrais e literárias.
PROGRAMAÇÃO DO
VI ENCONTRO
Homenagem a Maria Ângela Ramos Bezerra
DIA 16
(sexta-feira)
Café da manhã
Recepção e credenciamento
14h – Abertura
Hino Nacional
Apresentação do Fórum de Cultura de Bahia
Homenagem ao Território anterior (Baixo Sul)
Intervenção Cultural do Território – 10min – Dança do
Cacau com grupo Tchu e CIA. Coordenação de Aristéa Gonzaga e Talita Paz.
15h - Mesa 01 “Cultura e suas dimensões simbólica, cidadã
e econômica”
- Lula Dantas – Coordenação Pontos de Cultura Região
Nordeste
- Pawlo Cidade – Fórum de Empreendedores Culturais
- Maria de Lourdes Netto Simões – Integrante do Conselho
Estadual de Cultura
Facilitador: Rafael Batista
Abertura para Debate
18h Jantar
20h Exibição de curtas e diálogos com os cineastas
21h30min – Recital de poemas, exibição de vídeos e
Lançamento de Livros com os/as autores/as locais
Pawlo Cidade
Gustavo Felicíssimo
Cyro de Mattos
Vanderlito Barbosa
Railda Novaes
Fernando Caldas*
Carlos Pronzato
DIA 17 (Sábado)
07h Café da Manhã
08h Acolhida com intervenção de Itália Castro
09h Mesa 02 - Os Saberes Popular e Tradicional
Mãe Célia (Yalorixá) de Itabuna
Nádia Acauan (Tupinambá) de Ilhéus
Jorge Rasta (Casa de Bonecos) de Itacaré
Noêmia (Terno de Reis) de Almadina
Facilitadora: Joanacy Leite
Abertura para debate
Intervenção Cultural – Sonho Impossível - Ubaitaba
12h - Almoço
Intervenção de Irene Dóris (Valença) e do grupo
infanto-juvenil Isto e Aquilo (Salvador)
14h – Rodas de Conversas: Apresentação
1 – Cinema e Cineclubes –
Jorge Conceição e Dandara Bacelar
3 – Entrelaçando Raça e Sexualidade – Adilson Ribeiro
4 – Capoeira – Leandro Junquilho (Leo da Capoeira)
5 – Bibliotecas e Literatura: a aventura do livro e da
leitura – Douglas de Almeida
6 – Cultura Digital - Maciel Barreto
7 – A arte como instrumento de transformação social –
Cristina Gonçalves
8 – Teatro: do desejo à ação – Romualdo Lisboa
9 – Dançando as danças – Janete Catarino
16:30 Culminância
18h Jantar
20h - Virada Cultura
Manzuá – Performance, Música e Poesia
DIA 18
(Domingo)
08h Café da manhã
Intervenção do Grupo Nós Cegos – O Outro lado da página
10h
• Discussão sobre mudanças na Carta de Apresentação do
Fórum de Cultura da Bahia
• Avaliação do Regimento
• Apresentação da Coordenação
• Resultado do Planejamento
• Escolha do local e da data do Próximo Encontro
13h Almoço
Encaminhamentos finais e encerramento
ESTRATÉGIA DE
AÇÃO
Todo o trabalho de divulgação da atividade se deu através
de três eixos: atuação, contato pessoal, material impresso e mídia digital. O
processo de divulgação foi implementado a partir da metodologia “bola de neve”,
na qual os agentes mobilizados se tornavam agentes mobilizadores, difundindo o
evento nos territórios de identidade da Bahia.
A divulgação se deu através das seguintes estratégias:
Visitas aos municípios do território
Spot e internet
Mailling
Material impresso
Divulgação em Blog e redes sociais
Pauta de jornais online de grande visualização
RESUMO DAS
ATIVIDADES
Aconteceu dias 16, 17 e 18 de novembro de 2012 na
aprazível cidade de Itajuípe o VI Encontro Fórum de Cultura da Bahia
(Território LitoralSul), que organizado pela sociedade civil, contou com o
apoio da Secretaria de Educação, Conselho de Cultura e a Câmara Municpal de
Itajuípe, da Serin/BA - Secretaria de Relações Institucionais do estado da
Bahia, Fundação de Cultura - Secult/BA, além dos deputados Estaduais Marcelino
Galo e Bira Coroa, bem como de pequenos comerciantes da cidade anfitriã.
O VI Fórum, que contou com a participação efetiva de
aproximadamente 300 pessoas de diversas cidades baianas, aconteceu nas
dependências do Colégio Estadual Polivalente de Itajuípe e em duas quadras de
esporte localizadas entre na frente do colégio, onde foram instaladas três
gigantescos toldos para a realização dos momentos de debates e atração
cultural.
A abertura dia 16 (sexta-feira) se deu às 16h com uma
mesa-redonda (A cultura nas dimensões simbólica, econômica e cidadã), formada
por Maria da Luz (presidente do Conselho Municipal de Cultura de Itajuípe),
Pawlo Cidade (Fórum de Empreendedores Culturais do Litoral Sul), Lula Dantas
(Representante dos Pontos de Cultura do Nordeste), Douglas de Almeida
(representante do Fórum de Cultura da Bahia) e Maria de Lourdes Simões
(integrante do Conselho Estadual de Cultura).
À noite, houve a exibição do filme Piranjuípe do cineasta
Cícero Bathomarco que conversou, juntamente com um dos atores, José Carlos
Negão, acerca do processo de filmagem e da decadência da lavoura cacaueira,
temática da película.
Na mesa-redonda Culturas Popular e Tradicional realizada
na manhã do dia 17 (sábado), Nádia Acauan e Cacique Ramon (nação Tupinambá),
Jorge Rasta (Teatro de Bonecos, Itacaré), Jorge Conceição (geográfo,
arte-educador e escritor, Salvador), Rozenita da Luz (Terno de Reis, Camamu) e
Rita Pinheiro (contadora de histórias, Salvador), deram depoimentos
aprofundados e carregados de humanidade, sobre a importância da preservação das
culturas tradicionais e por sua vez dos/as mestres/as.
Logo após o jantar (20h), aconteceu um recital de
poemas,e uma apresentação de samba de roda com a comunidade quilombola de
Tapuia. Às 21h30, exibição de vídeos do
cineasta Carlos Pronzato, seguido de um debate... e encerrando a noite, um show
com a banda Manzuá, de Itabuna, que mescla as músicas com poemas.
No domingo (dia 18), pela manhã, uma Assembléia em que
foram afirmadas as propostas das Rodas de Conversa e confirmadas a Coordenação
Executiva do Fórum e sua Carta de Intenções e após algumas avaliações, o Fórum
foi encerrado de forma lúdica com uma vivência conduzida por Itália Castro,
secretária de educação de Itajuípe.
Durante a realização do Fórum ocorreram diversas
manifestações artísticas, a exemplo da Dança do Cacau com o grupo Tchu &
Cia (Itajuípe), da performance teatral com Irene Dóris (Valença), recital de
poemas com o grupo infanto-juvenil Isto e Aquilo (Salvador), Dança da Jibóia
com a comunidade quilombola de Tapuia (Camamu), e voz e violão com o roqueiro
Fábio Mendes (Planaltino) e com o cantor boêmio Alberto Barros.
Foram armados diversos estandes com exposições de artes
plásticas, fotografias, esculturas, artesanato e livros, inclusive com
lançamentos à noite.
Em 12 de janeiro de 2013, será realizado um Encontro na
cidade de Ituberá (Baixo Sul) para definir a data e o local do VII Fórum, já
com três indicações: Irecê, Canudos e Salvador.
RODAS DE CONVERSA
A roda de conversa é uma proposta metodológica do
fórum de Cultura do Estado da Bahia, na qual dividimos os participantes do
evento para debate e encaminhamentos de temas importantes para a gestão das
políticas culturais do Estado. È importante frisar que seu principal
diferencial é o caráter democrático e participativo da técnica metodológica,
que prioriza a participação dos presentes intervindo nos pontos do debate.
No VI encontro foram desenvolvidas as seguintes rodas de
conversas:
1 – Teatro: do desejo à ação– Romualdo Lisboa
2 -Capoeira– Leo Junquilho
3 – Cinema e cineclube – Jorge Conceição e Dandara
Bacelar
4 – Biblioteca e literatura: a aventura do livro e da
leitura – Douglas de Almeida
5- Dançando as danças – Janete Catarino
6 – Entrelaçando raça e sexualidade: Adilson Ribeiro
7 – Cultura e cidadania: Cristina Gonçalves
8 – Desenho: Eduardo Silva e Talita
9 – Cultura Digital: Maciel Barreto
A seguir, Descrições e Encaminhamentos das Rodas de
Conversa:
1- Teatro: do
desejo á ação
Pensando o teatro como um movimento interterritorial, que
propõe com a comunidade em que está inserida e na afirmação da Lei 773/2009.
Discutimos a elaboração de projetos voltados para editais estaduais e empresariais
com o intuito de captação de recursos para fomentação. Foi salientado o apoio e
as competências de órgãos como o Conselho Municipal de Cultura, Fundo de
Cultura e a Secretaria Municipal de Cultura. A relevância da formação de grupos
de teatros para o social. E o papel do teatro também dentro da escola.
Fundamentado do financiamento advindo externamente, tais como subsídios do
comércio e indústrias locais.
2- Capoeira
Através do programa, capoeira na escola, promove projetos
de reconhecimento e desenvolvimento da vertente afro brasileira. Demostra
também a participação do programa no Congresso de Cultura Brasileira. Debate a
relevância da capoeira, através de uma analise histórica da capoeira, como
também da relação pessoal com a capoeira. Ensina alguns movimentos técnicos da
capoeira e sua simbologia. Faz uma amostra com todos participantes.
3- Cinema e
cineclube
Discussão sobre a jornada nacional de Cineclubes (Que
acontecerá na Bahia em 2013- na época estava confirmado a cidade de Itaparica).
Discussão em torno da criação do cineclube, cineclube como espaço formador de
mentes pensantes. A questão da distribuição, como Conselho Nacional dos
cineclubes mantém o contato e distribui filmes para todos os cineclubes
cadastrados no Brasil. Uma pequena discussão em torno das adaptações cinematográficas
de livros do autor Jorge Amado, a comercialização da cultura baiana (tendo como
exemplo o filme " Ó paí Ó"). O interesse de Jorge Conceição em
estreitar os laços entre o Conselho Nacional dos Cineclubes e o Fórum de
Cultura da Bahia.
4- Biblioteca e
literatura: a aventura do livro e da leitura
A roda de conversa Bibliotecas e literatura reuniram
ativistas e artista da área das letras. Discutiu a partir da relevância
literária, a construção do individuo através da leitura e do escrever. A
relação de edição e autoria na região do Litoral Sul se mostrou negativamente
diante a necessidade dessa formação na região. Manifestou que o reconhecimento
dos autores locais é conflituoso, poucos conseguem sobreviver apenas desse
oficio. A literatura é então colocada como, além de fonte de refúgio e prazer,
como fonte de informação e comércio. No entanto é desprivilegiada no sentido em
que se refere ao lucro.
5- Dançando as
danças
A roda de conversa aconteceu em um espaço aberto, em cima
de uma pedra.
Discutiu o papel da dança popular nos meios de
comunicação, a influência de novas mídias, principalmente a internet, que deram
uma divulgação multiplicadora e novos significados para a dança. As
transformações das vertentes populares, como o axé e pagoge baiano, a
influência da cultura de massa sobre os mesmos. O reconhecimento identitário
das produções de danças populares, como xaxado, dançado coco, samba de roda e
outros em leis de incentivo a cultura.
6- Entrelaçando
raça e sexualidade
De maneira lúdica e participativa buscamos a construção e
desconstrução de alguns conceitos. Houve a discussão a cerca do cenário
racional da situação dos negros e negras e LGBT. Ao final construímos cartazes
para expressar as nossas construções a cerca da temática.
7- Cultura e
cidadania
A cultura
promove a transformação social a partes do trabalho cultural baseado no resgate
e preservação cultural. Entendida em sentido dos Direitos Humanos e da
diversidade que englobe etnia, sexualidade, acessibilidade,etc. A cultura é
estratégico em diversos campos, é preciso apostar nestas experiências de
vivências, pois a cultura permite que a pessoa amplie sua visão de mundo e
percepção, trazendo muitos benefícios.
8- Desenho
Depois de uma
roda de apresentação, foi aplicada a dinâmica para criação de um desenho de
cada participante. Foram relatados vários exemplos de fotos em letras e sua
história. E o entrelaçamento das artes plásticas a nível estadual, municipal e
federal com a política. Como a região pode estar contribuindo socialmente a
partir da perspectiva artística, no movimento da civilidade.
9- Cultura
Digital
A partir da experiência do facilitador Maciel Barreto em
Casemod, eleito em 2008, 2009,2010 e 2011 com premiação nas categorias de
criatividade e melhor. Discutiu sobre o Casemod, esporte de personalização de
computadores, e a relevância para cultura contemporânea tecnológica. Em São
Paulo acontece na Campus Party todos anos u, evento que reune pessoas de várias
partes do mundo, que além de participarem de concursos, discutem o papel do
Casemod
INSTIRUIÇÕES PRESENTES
Associação para a Inclusão a Comunicação Cultura e Arte -
ARCC
Biblioteca Comunitária Prometeu Itinerante
Bloco Afro Cultural Relíquias Africanas
Centro Acadêmico de Filosofia da UFBA
Centro Cultural Quilombo Cecília
Fórum Estadual de Economia Solidária
Fórum de Pontos de Cultura da Bahia
INTEGRO - Instituto de Tecnologia, Educação E Gestão
Organizacional
Instituto COMVIDA - Formação e Inclusão Social
Importuno Poético
Movimento Sem Teto da Bahia
Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN
AGRADECIMENTOS
Prefeitura de
Itajuípe
Prefeitura de
Coaraci
Conselho
Municipal de Cultura de Itajuípe
Memorial
Adonias Filho
Secretaria de
Relações Institucionais da Bahia
Fundação
Cultural do Estado da Bahia – Funceb
VÍDEO RELATO
_____________________________________________________________________________
FÓRUM
DE CULTURA DA BAHIA
_______________________________________________
_______________________________________________
V
ENCONTRO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
Território de Identidade Baixo Sul
Munícipio Valença
28 e 29 de julho 2012
Munícipio Valença
28 e 29 de julho 2012
ÍNDICE
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
APRESENTAÇÂO DO ENCONTRO
PROGRAMAÇÃO
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
RESUMOS DAS ATIVIDADES
ENCAMINHAMENTOS
INSTITUIÇÕES PRESENTES
AGRADECIMENTOS
PARA REFLEXÃO
NOMEAÇÃO DA COORDENAÇÃO
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
APRESENTAÇÂO DO ENCONTRO
PROGRAMAÇÃO
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
RESUMOS DAS ATIVIDADES
ENCAMINHAMENTOS
INSTITUIÇÕES PRESENTES
AGRADECIMENTOS
PARA REFLEXÃO
NOMEAÇÃO DA COORDENAÇÃO
INFORMAÇÕES
TÉCNICAS
Esse documento é um relatório técnico descritivo da V
Encontro de Fórum de Cultura da Bahia. Ele é fruto da necessidade de registro
do evento e do compartilhamento dos conteúdos construídos no evento. Esse texto
é de responsabilidade técnica de Darlon Silva e Paulo Magalhães, que contaram
para sua construção com o apoio de demais membros do Fórum. E com o registro
fotográfico do olhar sensível de Rafael Batista e demais fotógrafos. Todas as
informações descritas nesse texto objetivam aproximar o leitor da rica
experiência de execução do V Encontro no Município de Valença, no território de
Identidade do Baixo Sul no Estado da Bahia.
RESPONSÁVEIS PELO PROJETO TECNICO DO V ENCONTRO
Adriano
Jhessi
Freitas
Weligtton Oliveira
Cristina Gonçalves
Douglas de Almeida
Graça Maria Dias Brito
Hamilton
Sueli Valeriano
Eduardo Silva
Jhessi
Freitas
Weligtton Oliveira
Cristina Gonçalves
Douglas de Almeida
Graça Maria Dias Brito
Hamilton
Sueli Valeriano
Eduardo Silva
APRESENTAÇÃO DO
FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
O FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA foi
articulado durante a realização da IV Conferência Estadual de Cultura em 2011,
e criado a partir das reuniões de formação em janeiro de 2012 no Espaço N’Casa
em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
O Fórum é
um espaço de discussão e de articulação permanente, composto de pessoas físicas
e jurídicas envolvidas com a questão cultural, não fazendo qualquer
discriminação de origem étnica, de gênero, de religião e de linguagem
artística. O Fórum é apartidário e aberto à cooperação com órgãos governamentais,
com abrangência nos 417 municípios do Estado da Bahia.
O Fórum é
um instrumento de controle social da Sociedade civil para proposição,
monitoramento e avaliação das estratégias de gestão da políticas culturais do
Estado da Bahia. É de objetivo do Fórum acompanha a execução de ações, projetos
e programas que são executados por órgão governamentais (esferas municipal,
estadual e federal) e pela iniciativa privada. O Fórum se direciona para apoiar
os trabalhos e as ações dos Conselhos Municipais de Cultura e do Conselho
Estadual de Cultura, potencializando as formas e meios de produção e acesso à
cultura, o marketing e divulgação cultural, além de apoiar as ações do Fundo
Estadual de Cultura, e apoiando os editais e chamamentos públicos da área cultural.
O Fórum é
uma forma democrática de reunir pessoas, entidades, artistas, produtoras/es,
professoras/es, estudantes, interessadas/os na cultura em geral e debater todas
as questões, dentre elas e a mais importante de todas, a Política Estadual de Cultura.
Assim como promove capacitações, workshops e oficinas para qualificação social
e profissional e para capilarização das políticas culturais nos 27 territórios
de identidade do Estado da Bahia.
O Fórum é
uma articulação estadual, para valorização da cultura, de pessoas, entidades
não governamentais e de empresas, bem como de entidades que representam
profissionais das respectivas áreas da cultura. Ele é um instrumento da
sociedade civil organizada, se dispondo a discutir problemas e encontrar soluções
estratégicas para gestão das políticas culturais no Estado. Que apoia e
potencializa a continuidade das políticas aprovadas nas diversas instâncias
governamentais, fortalecendo a operacionalização delas nos 27 territórios de
identidade da Bahia.
O Fórum é
eclético, plural, apartidário, mas com muita raça para decidir, peitar,
encaminhar saídas estratégicas para as crises e os problemas da gestão das
políticas culturais. O Fórum Estadual tem por objetivo promover e fortalecer os
Fóruns Municipais de Cultura no Estado.
É chegada
a hora.
O Fórum
Estadual de Cultura da Bahia é tarefa de todos nós!
APRESENTAÇÃO DO
ENCONTRO
Como já dito, é o
principal objetivo do Fórum é a fortalecimento das manifestações culturais do
Estado. Sendo assim, optamos estrategicamente pela organização de encontros
territoriais em todo o Estado da Bahia, visitando os 27 territórios de
Identidade do Estado.
O V Encontro do Fórum de Cultura da Bahia aconteceu nos dias 28 e 29 de julho em Valença, no Território de Identidade do Baixo Sul.
Sua escolha se deu no IV Encontro, no Território do Recôncavo, na cidade de Valença, seguindo a metodologia do Fórum, em que os territórios/cidades se candidatam e são votados pelos participantes de cada Encontro.
A cidade tem uma capacidade de mobilização social muito boa, é guardiã de importantes manifestações culturais presentes no Baixo Sul e durante a construção do encontro se mostrou estratégica para a centralização da ação do Fórum de Cultura da Bahia naquele território.
No encontro participaram aproximadamente 200 agentes culturais de 15 Municípios do Estado da Bahia, destacando-se: Território do Baixo Sul, Recôncavo e Região Metropolitana.
O V Encontro do Fórum de Cultura da Bahia aconteceu nos dias 28 e 29 de julho em Valença, no Território de Identidade do Baixo Sul.
Sua escolha se deu no IV Encontro, no Território do Recôncavo, na cidade de Valença, seguindo a metodologia do Fórum, em que os territórios/cidades se candidatam e são votados pelos participantes de cada Encontro.
A cidade tem uma capacidade de mobilização social muito boa, é guardiã de importantes manifestações culturais presentes no Baixo Sul e durante a construção do encontro se mostrou estratégica para a centralização da ação do Fórum de Cultura da Bahia naquele território.
No encontro participaram aproximadamente 200 agentes culturais de 15 Municípios do Estado da Bahia, destacando-se: Território do Baixo Sul, Recôncavo e Região Metropolitana.
PROGRAMAÇÃO DO
V ENCONTRO
DIA 28 – 07 - 2012 – SÁBADO
06:00 –
Café da manhã
07:30 -
Recepção e credenciamento
08:00 -
Abertura – Execução do Hino Nacional Brasileiro
08:10 –
Homenagem à Cidade sede do IV Encontro (São Francisco do Conde) Território
Recôncavo;
08:20 –
Lançamentos
Livro - “O Caborongo” Autora: Isa Maria da Silva
Cordelizando o Centenário do Rei
Luiz do Sertão - Literatura
de Cordel – Autora: Sueli Valeriano
09:00 –
Mesa 01 “Análise Conjuntura, o Baixo Sul e Sua Cultura” – Cleysiane (Secult);
Facilitador: Adriano
Facilitador: Adriano
09:40 –
Abertura para Debate
10:10 –
Retorno a mesa;
10:30 –
Intervenção cultural – Performance de Alex Kinuy
10:40 –
Mesa 02 - Mestres da Cultura Popular : “Encontro com a Sabedoria Popular”
Facilitadora: Sueli Valeriano
Facilitadora: Sueli Valeriano
Yalorixá Mãe Lourdinha
Mestre Miguel
Mestre Deco
Mestre Deco
E outros mestres e mestras do Território
11:20 -
Abertura para debate
11:50 –
Retorno a mesa
12:10 –
Intervenção Cultural – Bad Crew
12:20 –
Almoço
14:00 _
Exibição do Vídeo: “Olhares diversos” IRDEB
15:00 -
Nomeação das Coordenações Permanentes e dos Conselhos Territoriais
16:00 –
Rodas de Conversas
1- Teatro
do Oprimido – Isabel Freitas
2-
Grafite – Annie Gonzaga Pereira
3-
Expressões Artísticas de Tradição (Artesanatos) – Taciana Barreto
5-
Patrimonialização Cultural - Josenildo Normandia (Instituto IDES)
6 – Letras: Literatura, Livros e Leitura – Ricardo Vidal
18:00 -
Culminância
19:00 -
Jantar
21:00 –
Ocupação Cultural
29-07-2012
– DOMINGO:
08:00 – Intervenção e Caminhada Cultural: FÓRUM DE
CULTURA DA BAHIA “O BAIXO SUL MOSTRA SUA RIQUEZA CULTURAL” – Recreativa (Jardim
Velho) até o Centro de Cultura.
13:00 - Almoço
15:00 –
Encaminhamentos finais e encerramento
ESTRATÉGIA DE
AÇÃO
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
Todo o trabalho de divulgação da atividade se deu através de três eixos: atuação, contato pessoal, material impresso e mídia digital. O processo de divulgação foi implementado a partir da metodologia “bola de neve”, na qual os agentes mobilizados se tornavam agentes mobilizadores, difundindo o evento nos territórios de identidade da Bahia.
A divulgação se deu através
das seguintes estratégias:
Visitas aos municípios do território
Spot e internet
Mailling
Material impresso
Divulgação em Blog e redes sociais
Pauta de jornais online de grande visualização
RESUMO DAS
ATIVIDADES
DIA 28 de julho
Os
trabalhos foram abertos e conduzidos pela poetriz Jocelia Fonseca, que prestou
uma homenagem às mulheres negras, latino-americanas e caribenhas. A Diretora de
Cultura de Valença, Edna Xavier, deu boas vindas aos participantes do Fórum e
falou sobre a cultura da região, incluindo manifestações tradicionais como Zambiapunga,
Alguidar e Terno de Reis. Rita Pinheiro fez uma homenagem à sede do encontro
anterior, São Francisco do Conde, território do Recôncavo, apresentando um
mosaico de imagens e informações sobre a cultura regional. Em seguida, houve o
lançamento do livro O Caborongo, de Isa de Oliveira, fruto de vivências e
pesquisas informais sobre os costumes e tradições de Taperoá e região. A
cordelista Sueli Valeriano recitou alguns trabalhos seus e de outros
cordelistas. Na sequência, foi composta a primeira mesa do dia.
Com
o tema “Análise Conjuntura, o Baixo Sul e Sua Cultura”, a mesa-redonda contou
com a participação de Cleisiane Marques, Representante Territorial de Cultura
do Baixo Sul, Araken Galvão, membro do Conselho Estadual de Cultura, e Chico
Nascimento, diretor teatral e membro da Comunidade Quilombola da Laranjeira.
Cleisiane traçou um panorama da criação dos sistemas municipais de cultura no
território, com a construção de planos municipais em parceria com a sociedade
civil. Falou também dos editais da Secult, dos pontos de cultura, movimentos e
entidades culturais da região. Araken falou de sua trajetória e do movimento de
escritores valencianos, teceu algumas críticas às políticas culturais do
governo do estado e aos movimentos negros, a quem acusou de querer dividir um
Brasil uno. Chico abordou a evolução do conceito de cultura popular, incluindo
a contribuição dos países socialistas para a compreensão do papel
potencialmente revolucionário da arte produzida pelo povo. Trouxe também alguns
ensinamentos das comunidades tradicionais de matriz africana e reafirmou a
necessidade da luta pela diversidade cultural, pelo respeito às especificidades
e diferenças.
Após
um breve debate, um momento de impacto: Alex Kinuy surpreende com a performance
do poema Secas Vidas, do valenciano Geilson de Brito. Destacaram-se algumas
presenças, como a coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Marildes
Nascimento, do presidente licenciado da CUT-BA, Martiniano Costa, da Secretária
de Educação de Valença, Marineide Sousa, e da coordenadora da FENACAB
(Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro) no Baixo Sul da Bahia, Mãe
Bárbara de Cajaíba, do Terreiro Caxuté.
A
segunda mesa contou com a presença da griô de tradição oral Rita Pinheiro, do
parlamentar jovem e representante da Escola Caxuté, Heráclito Barbosa, de Maria
das Graça, do grupo Zambiapunga de Cajaíba, e do poeta Douglas de Almeida. A
pauta foi culturas populares, e além das experiências de cada segmento,
entidade e manifestação cultural, a necessidade de reconhecimento e valorização
das culturas “clássicas” africanas e indígenas, também merecedoras dessa
denominação comumente reservada à tradição europeia. Douglas de Almeida
apresentou ao plenário e aprovou por aclamação a necessidade de construção de
um documento crítico à política de editais do governo estadual, que constituiu
um avanço em relação à “política de balcão” dos governos carlistas mas ainda
concentra os recursos nas mãos dos acadêmicos especialistas em elaboração de
projetos.
Em
seguida, os participantes se dividiram nas rodas de conversa: Teatro do
Oprimido; Grafite; Expressões Artísticas de Tradição; Patrimonialização
Cultural; Literatura, Livros e Leitura. À noite, os participantes se revezaram
em músicas e poesias, construindo um rico sarau que proporcionou um pequeno
panorama das manifestações culturais presentes no encontro.
DIA 29 de julho
O
segundo dia do Fórum foi aberto uma apresentação musical de Fábio Mendes,
passando-se em seguida para o repasse das rodas de conversa. Durante todo o dia,
o Circuito de Teatro e Dança do Recôncavo firmou sua presença, com
apresentações do Coral Juventude e Arte do Recôncavo e os grupos As Danadinhas,
C4 e Lírio Negro. Os pontos altos do domingo foram a composição e nomeação da
Coordenação do Fórum de Cultura da Bahia e a eleição da sede do próximo
encontro. Itajuípe, no Litoral Sul, foi a cidade escolhida, em disputa com
Maracás (território Vale do Jiquiriçá) e Riachão do Jacuípe (território Bacia
do Jacuípe).
RODAS DE CONVERSA
A Roda de
Conversa é um elemento muito importante para o Fórum de Cultura da Bahia. Nela
os/as participantes e os/as facilitadores/as interagem, se conhecem e
desenvolvem habilidades sobre a temática da roda.
Pois
assim, adquirimos informações dos/as participantes, vemos o seu conhecimento
sobre o tema, como podemos juntos criar métodos para solucionar possíveis
problemas, e ainda promovemos o conhecimento e o entrosamento de todos/as.
É muito
importante que se comece com uma rodada de apresentação e que cada um fale um
pouco da sua expectativa com o encontro e com a temática em questão. O momento
também será para desenvolver a capacidade de esperar a vez para falar e ouvir o
que o/a outro/a está falando, todos/as devem ser incentivados/as a falar.
As rodas
de conversas também são momentos de formação política, os inscritos devem ser
induzidos a desenvolverem senso de justiça, de organização, de ação e reação,
causa e consequência, além de adquirirem mais responsabilidade por suas ações e
se comprometerem com o projeto de intervenção do Fórum de Cultura da Bahia.
Acompanhamento da ação do governo (secretaria de cultura) sobre as demandas
deliberadas nas conferencias e aquelas deliberadas sobre o/os conselho/os, bem
como, aquelas deliberadas dentro do Fórum.
As rodas
de conversas devem apresentarem resultados finais como “produto” do dialogo.
Esses resultados podem ser das diversas maneiras possíveis e cabíveis em uma
manifestação cultural.
O
facilitador deve contribuir na busca do consenso do grupo, ajudando sobretudo,
observando os territórios de identidades presentes, bem como, o número de
manifestações culturais presentes. Assim poderemos perceber as possibilidades
de troca de informações e condição de aprendizado entre as culturas e os
territórios presentes.
No V encontro foram desenvolvidas
as seguintes rodas de conversa:
1- Teatro
do Oprimido – (Robert)
2-
Grafite – Annie Gonzaga Pereira
3-
Expressões Artísticas de Tradição (Artesanatos) – Rita Pinheiro
5-
Patrimonialização Cultural - Josenildo Normandia (Instituto IDES)
6 – Letras: Literatura, Livros e Leitura – Ricardo Vidal
INSTIRUIÇÕES
PRESENTES
Associação para
a Inclusão a Comunicação
Biblioteca Comunitária Prometeu Itinerante
Centro Acadêmico de Filosofia da UFBA
Importuno Poético
Movimento Sem Teto da Bahia
Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN
AGRADECIMENTOS
Secretaria de Cultura do Município
de Valença
DIREC 5 secretaria de educação
Central Única dos Trabalhadores, CUT Bahia
DIREC 5 secretaria de educação
Central Única dos Trabalhadores, CUT Bahia
PARA REFLEXÃO
A próxima
tarefa do Fórum de Cultura da Bahia é a realização do planejamento que irá
nortear suas ações pelos próximos dois anos. Além disso, estão em processo de
construção as Comissões Pró-Conselhos Territoriais, com a missão de articular a
criação dos Conselhos nos territórios por onde o Fórum realizou encontros:
Região Metropolitana de Salvador, Chapada Diamantina, Recôncavo e Baixo Sul,
somando-se ao território do próximo encontro, o Litoral Sul. Os desafios são
muitos, as demandas imensas, mas “sonho que se sonha junto é realidade”.
COORDENAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
GESTÃO 2012 - 2014
GESTÃO 2012 - 2014
Coordenação Administrativa
• Eduardo Silva – Salvador
• Freitas - Salvador
• Alexandre Lima - Salvador
Coordenação Financeira
• Franciane Simplicio - Salvador
• Edson Cláudio Vilas Boas - Salvador
Coordenação de Livro e Memória
• Douglas de Almeida – Salvador
• Sérgio Henrique Soledade - Salvador
• Luísa Marques – Vera Cruz -
Colaboradora
• Márcio Luís – Vera Cruz – Colaborador
• Darlene Muricy – Jaguaripe -
Colaboradora
Coordenação de Direitos Humanos
• Cristina Gonçalves – Salvador
• Graça Brito – Salvador
• Hamilton Oliveira – Salvador
• Rita Pinheiro - Salvador
• Heráclito dos Santos Barbosa - Valença
- Colaborador
Coordenação de Comunicação
• Robert Alexandre - São Francisco do
Conde
• Rosa Maria – Camaçari
• Jeferson Santos - Cruz das Almas –
Colaborador
• Fábio Mendes - Planaltino –
Colaborador
• Heráclito dos Santos Barbosa – Valença
– Colaborador
• Lyz Gomes - Cruz das Almas -
Colaboradora
Coordenação de Projetos
• Helder Bonfim – Salvador
• Weid Elisson – Saubara
• Bruno Novaes - Salvador
Coordenação Institucional
• Freitas – Salvador
• Jocélia Fonseca – Salvador
• Cláudio Lisboa – Taperoá
• Douglas de Almeida - Salvador
• Rita Margarete – Salvador -
Colaboradora
Coordenação Social
• Edneia Rodrigues - São Francisco do
Conde
• Evany Rodrigues – Salvador
• Taciana Barreto – Valença
• Cristina Gonçalves - Salvador
• Patrícia Vasconcelos - Ituberá –
Colaboradora
• Júlia Telma - Camaçari – Colaboradora
• Jeovânia Landim – Salvador -
Colaboradora
Coordenação de Câmaras Temáticas
• Jocélia Fonseca – Salvador
• Rita Pinheiro – Salvador
• Lidiane Valentim - Santo Amaro
• Valdinei - Governador Mangabeira –
Colaborador
• Rafael Batista – Itajuípe -
Colaborador
Coordenação de Relatoria
• Darlon Silva - Cruz das Almas
• Paulo Magalhães - Salvador
• Weid Elisson – Saubara
Coordenação de Produção Cultural
• Rita Pinheiro – Salvador
• Sérgio Henrique Soledade – Salvador
• Sueli Valeriano – Ituberá
• Robert Alexandre - São Francisco do
Conde
• Aldemir Rildon - Riachão do Jacuípe –
Colaborador
• Roberto Ribeiro - Governador
Mangabeira – Colaborador
• Júlia Telma - Camaçari - Colaboradora
Coordenação Territorial
• Cláudio Lisboa – Taperoá
• Wellington Oliveira - Taperoá
• Evany Rodrigues - Salvador
• Irene Dores - Valença – Colaboradora
• Igor César - Santo Amaro - Colaborador
Coordenação de Patrimônio Cultural
• Paulo Magalhães – Salvador
• Evany Rodrigues – Salvador
• Franciane Simplicio - Salvador
• Aldemir Rildon - Riachão do Jacuípe –
Colaborador
• Janaína – Cachoeira – Colaboradora
• Anna Luísa - Cachoeira - Colaboradora
Coordenação de Pesquisa
• Bruno Novaes – Salvador
• Cláudio Lisboa - Taperoá
• Edneia – São Francisco do Conde
• Adelvan – Igrapiúna
• Irene Dores - Valença – Colaboradora
• Adson Batista Santos de Brito –
Itabuna - Colaborador
Coordenação de Assuntos Jurídicos
• Gilberto Batista - Salvador
____________________________________________________________
IV ENCONTRO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
Território de Identidade do Recôncavo
Município de São Francisco do Conde
27, 28 e 29 de Abril de 2012
ÍNDICE
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
APRESENTAÇÂO DO ENCONTRO
PROGRAMAÇÃO
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
RESUMOS DAS ATIVIDADES
ENCAMINHAMENTOS
INSTITUIÇÕES PRESENTES
AGRADECIMENTOS
PARA REFLEXÃO
O NOSSO V ENCONTRO SERÁ NO BAIXO SUL BAIANO
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Esse documento é um relatório técnico descritivo da IV Encontro de Fórum de Cultura da Bahia. Ele é fruto da necessidade de registro do evento e do compartilhamento dos conteúdos construídos no evento. Esse texto é de responsabilidade técnica de Helder Bomfim, Eucimar Freitas e Paulo Magalhães, que contaram para sua construção com o apoio de demais membros do Fórum. E com o registro fotográfico do olhar sensível de Paulo Magalhães, Eduardo Silva, Luis Reis e demais fotógrafos. Todas as informações descritas nesse texto objetivam aproximar o leitor da rica experiência de execução do IV Encontro no Município de São Francisco do Conde, no território de Identidade do Recôncavo no Estado da Bahia.
RESPONSÁVEIS PELO PROJETO TÉCNICO DO IV ENCONTRO
Alva Célia de Medeiros
Amanda Santos Silva
Ana Paula Rodrigues
Anna Raquelle Edington A. Silva
Bruno Novaes
Cláudio Lisboa da Silva
Edneia Rodrigues
Eduardo Silva
Eucimar Freitas de Oliveira
Evany Rodrigues
Helder Bomfim
Iasmim Xavier
Joane Macieira
Jober Pascoal
Jocelia Fonseca
Jorge Douglas Almeida
Lidiane Valentim
Luis Reis
Nathaly Portugal
Paulo Magalhães
Rita Pinheiro
Robert Alexandre
Weidiellson Souza dos Santos
Wellington Oliveira
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA
POR UMA GESTÃO DAS POLÍTICAS CULTURAIS DESCENTRALIZADA!
O FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA foi articulado durante a realização da IV Conferência Estadual de Cultura em 2011, e criado a partir das reuniões de formação em Janeiro de 2012 no Espaço NCasa em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O Fórum é um espaço de discussão e de articulação permanente, composto de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a questão cultural, não fazendo qualquer discriminação de origem étnica, de gênero, de religião e de linguagem artística. O Fórum é apartidário e aberto à cooperação com órgãos governamentais, com abrangência nos 417 municípios do Estado da Bahia.
O Fórum é um instrumento de controle social da Sociedade civil para proposição, monitoramento e avaliação das estratégias de gestão das políticas culturais do Estado da Bahia. É de objetivo do Fórum acompanha a execução de ações, projetos e programas que são executados por órgão governamentais (esfera municipal, Estadual e Federal) e pela iniciativa privada. O Fórum se direciona para apoiar os trabalhos e as ações dos Conselhos Municipais de Cultura e do Conselho Estadual de Cultura, potencializando as formas e meios de produção e acesso à cultura, o marketing e divulgação cultural, além de apoiar as ações do Fundo Estadual de Cultura, e apoiando os editais e chamamentos públicos da área cultural.
O Fórum é uma forma democrática de reunir pessoas, entidades, artistas, produtoras/es, professoras/es, estudantes, interessadas/os na cultura em geral e debater todas as questões, dentre elas e a mais importante de todas, a Política Estadual de Cultura. Assim como, promover capacitações, workshops e oficinas para qualificação social e profissional e para capilarização das políticas culturais nos 27 territórios de identidade do Estado da Bahia.
O Fórum é uma articulação estadual, para valorização da cultura, de pessoas, entidades não governamentais e de empresas, bem como de entidades que representam profissionais das respectivas áreas da cultura. Ele é um instrumento da sociedade civil organizada se dispondo, a discutir problemas e encontrar soluções estratégicas para gestão das políticas culturais no Estado. Que apoia e potencializa a continuidade das políticas aprovadas nas diversas instâncias governamentais, fortalecendo a operacionalização delas nos 27 territórios de identidade da Bahia.
O Fórum é eclético, plural, apartidário, mas com muita raça para decidir, peitar, encaminhar saídas estratégicas para as crises e os problemas da gestão das políticas culturais. O Fórum Estadual tem por objetivo promover e fortalecer os Fóruns de Cultura Municipais no Estado.
É chegada a hora.
O Fórum de Cultura da Bahia é tarefa de todos nós!
APRESENTAÇÃO DO ENCONTRO
Como já dito, é o principal objetivo do Fórum é a fortalecimento das manifestações culturais do Estado. Sendo assim, optamos estrategicamente pela organização de encontros territoriais em todo o Estado da Bahia, visitando os 27 territórios de Identidade do Estado.
O IV Encontro do Fórum de Cultura da Bahia aconteceu nos dias 28 e 29 de abril em São Francisco do Conde, no Território de Identidade do Recôncavo.
Sua escolha se deu no III Encontro, no Território da Chapada, na cidade de Rio de Contas, seguindo a metodologia do Fórum, em que os territórios/cidades se candidatam e são votados pelos participantes de cada Encontro.
A cidade tem uma capacidade de mobilização social muito boa, é guardiã de importantes manifestações culturais presentes no recôncavo e durante a construção do encontro se mostrou estratégica para a centralização da ação do Fórum de Cultura da Bahia naquele território.
No encontro participaram aproximadamente 200 (duzentos) agentes culturais de 20 (vinte) Municípios do Estado da Bahia, destacando-se: Taperoá, Salvador, Camaçari, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Cachoeira, Saubara e Cruz das Almas. No Município contamos com a estrutura da Escola Martinho Salles Brasil como alojamento solidário e como local para realização das atividades.
PROGRAMAÇÃO
DIA 28 – SÁBADO
06:00 - Ajeum
08:00 - Recepção e credenciamento e apresentação do Lindroamor
08:30- Abertura - Coral Juventude Arte do Recôncavo
09:00 – Mesa Abertura (representação política e cultural)
09:30 – Mesa de diálogo Legislação cultural - André Araujo - Pesquisador Especialista em Patrimônio Cultural
10:00 – DEBATE
10:30 - Direitos humanos e cultura - Sérgio São Bernardo – Instituto Pedra do Raio; Márcio Griô - Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia e do Grãos de Luz Griô
11:00 – DEBATE
12:00 – Ajeum
14:00 – Apresentação cultural
14:30- Análise de conjuntura do Território
Rosildo Rosário – Coordenador da Associação de Sambadores e Sambadeiras do Bahia
Alva Célia – Conselheira de Cultura Municipal e Estadual de Cultura, Grupo Lindroamor Axé
16:00 – Rodas de Conversas
1 - Análise de Conjuntura – Freitas
2 - Culturas Populares – Paulo Magalhães
3 - Elaboração de Projetos – Helder Bomfim
4 - Produção de Texto para Teatro – Rita Pinheiro
5- Literatura e Literatura Negra – Jocélia Fonseca
6 - Capoeiragem: Recorte Contemporâneo da Ancestralidade - Luis Reis
18:00 – Ajeum
20:00 – Momento Cultural
DIA 29 – DOMINGO
07:00 – Ajeum
08:30 –Apresentação Cultural
09:00 - Apresentação dos resultados das Rodas de Conversas
10:00 - DEBATE
11:00 Apresentação e Aprovação do Regimento Interno
12:00 – Ajeum
14:00- Programação Cultural:
1. Visita ao terreiro de Mãe Aurinha
2. Visita a casa do samba Zé de Lelinha
3. Visita a ruínas da Escola Agrícola
4. Visita ao Convento Santo Antonio
ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
Todo o trabalho de divulgação da atividade se deu através de três eixos: atuação, contato pessoal, material impresso e mídia digital. O processo de divulgação foi implementado a partir da metodologia bola de neve, na qual os agentes mobilizados se tornavam agentes mobilizadores, difundindo o evento nos territórios de identidade da Bahia.
A divulgação se deu através das seguintes estratégias:
Visitas aos municípios do território
Spot – Carros de som e internet
Mailling
Material impresso
Divulgação em Blog e redes sociais
Pauta de jornais online de grande visualização, ex: Política Livre
RESUMOS DAS ATIVIDADES
27 de Abril - Sexta-feira
Chegada de parte das delegações. O ônibus de Salvador saiu às 23h do largo do Campo Grande e chegou a São Francisco do Conde durante a madrugada, quando foi feita uma recepção por membros do Fórum que já se encontravam no local do encontro e de alojamento, a Escola Martinho Salles Brasil.
28 de Abril - Sábado / Manhã
Nosso local já estava lindo e pronto para receber todas as delegações, tivemos pessoas chegando de ao menos três territórios de identidade Baixo Sul, Recôncavo e Região Metropolitana.
Após o café da manhã, os trabalhos foram abertos com um canto e um poema pra Exú, Orixá mensageiro, divindade africana que abre os caminhos. A poetriz Jocelia Fonseca combinou as apresentações da manhã com intervenções poéticas. Após a brilhante abertura, tivemos a apresentação do Grupo Lindroamor Axé, tradicional manifestação cultural de São Francisco do Conde, em que meninas e mulheres tocam, cantam e dançam em um folguedo sincrético e cheio de fundamentos. Logo após a fala da organização local do Fórum, representada por Iasmin Xavier, a Prefeitura Municipal se fez representar através da saudação de boas vindas da Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Ana Christina. Em seguida, o Coral Juventude e Arte do Recôncavo apresentou interpretações originais de algumas canções, numa belíssima apresentação. Com cerca de 12 anos, de existência, o coral congrega jovens de São Francisco do Conde, Santo Amaro e Saubara, dentre outras cidades da região.
Em seguida a Mesa de Diálogo foi facilitada por Douglas de Almeida e Cristina Gonçalves. A mesa contou com três palestrantes. O pesquisador e especialista em patrimônio cultural André Araújo falou sobre as legislações vigentes em torno do patrimônio cultural na Bahia e tratou da Lei dos Mestres dos Saberes e Fazeres, lei estadual de número 8899/03, que mesmo tendo sido aprovada em 2003 e regulamentada em 2004, ainda não foi efetivada em nosso estado. André nos trouxe informações necessárias para que possamos exigir do estado explicações sobre a não implementação por parte da Secretaria Estadual de Cultura. Traçou ainda um panorama da legislação cultural da Bahia, abordando as Normas de Proteção e estímulo à preservação do patrimônio cultural do Estado da Bahia, o Fundo de Cultura, a Lei Orgânica e a implementação do Sistema Estadual de Cultura. Apontou ainda a necessidade de construção, na Bahia, de políticas municipais de patrimônio, a exemplo do que acontece em Minas Gerais e outros estados.
O professor de Direito e presidente do Instituto Pedra do Raio, Sérgio São Bernardo, contribuiu com uma explanação sobre a cultura e os direitos humanos, abordando a cultura como um direito humano fundamental. Teceu questionamentos à economia da cultura: se o Brasil profundo é o que é vendido, a cultura popular caracteriza as políticas de turismo, por exemplo, porque os guardiões e produtores dessa cultura não ficam com uma parte significativa deste recurso? Quem fica com a “parte do leão” dos recursos gerados em torno da cultura baiana? Questionou ainda o hábito de se enxergar o Estado e o Mercado como únicos financiadores da campanha, e apontou o aclamado “crowd funding” como um nome novo para uma prática antiga mas esquecida entre nós: a popular “vaquinha”, meio de financiamento autônomo, solidário e popular.
Para fechar esta mesa tivemos a participação do presidente do Conselho Estadual de Cultura e do ponto de cultura Grãos de Luz e Griô, Márcio Griô, que nos trouxe a experiência da pedagogia Griô para a preservação das manifestações tradicionais e para o processo de educação por meio da oralidade. Sua fala foi aberta com uma performance ancestral, remetendo aos ensinamentos dos mais velhos, os mestres populares. Rememorou o processo de articulação da Ação Griô Nacional, com a articulação de pontos de cultura e movimentos que trabalham com a tradição oral afro-indígena, a sistematização de materiais paradidáticos produzidos a partir de tradições populares e o lançamento, pelo Governo Federal, do edital Bolsa de Incentivo Griô, envolvendo 130 pontos de cultura e ONGs do Brasil, criando ainda a comissão nacional de Griôs e mestres de tradição oral do Brasil. Também citou os projetos de lei Ação Griô nacional e estadual, ambos em tramitação.
Os debates programados foram intercalados entre a participação dos presentes e a fala de cada palestrante, momento que durou toda a manhã, rica em debates.
28 de Abril - Sábado / Tarde
Após o almoço, Rita Pinheiro trouxe um vídeo sobre a história da cidade de Rio de Contas, sede do III Encontro do Fórum. O filme mostrava as riquezas naturais e as manifestações culturais da cidade. Após essa rica apresentação, tivemos a mesa de Análise de Conjuntura do Território, facilitada por Freitas, que contou com a participação de Edson Costa, do Projeto Rota Afro Cultural, e da Conselheira Municipal e Estadual de Cultura, Alva Célia Medeiros. A mesa teve uma ampla participação de organizações presentes como: Circuito de Teatro e Dança do Recôncavo; Coordenação Nacional de Entidades Negras, Rede Mediações Museológicas, dentre outras.
Após esse grandioso momento para o Fórum de Cultura da Bahia, iniciamos os trabalhos das 06 Rodas de Conversa, mediadas por seus/suas respectivos/as facilitadores/as: Análise de Conjuntura (Freitas); Culturas Populares (Paulo Magalhães); Elaboração de Projetos (Helder Bomfim); Produção de Texto para Teatro (Rita Pinheiro); Literatura e Literatura Negra (Jocélia Fonseca) e Capoeiragem: Recorte Contemporâneo da Ancestralidade (Luís Reis). Este momento tratava-se de um espaço especifico para que cada Roda (grupo) pudesse dialogar sobre os temas especifico e apresentar as resoluções sobre cada pauta debatida.
A noite cultural aconteceu no quiosque da orla, em parceria com o projeto Musicalidade Brasileira, que reúne músicos de varias bandas da cidade todo sábado à noite com uma programação musical de qualidade, potencializando parcerias e dando visibilidade à produção local. O palco foi ocupado pelos participantes do Fórum, e transformou-se em um sarau que alternava música e poesia.
29 de Abril - Domingo
O domingo se iniciou com a apresentação da Companhia Desabafo Teatral, de Cruz das Almas. O grupo apresentou o espetáculo Se Pisar No Meu Pé Eu Grito, que, utilizando a linguagem de teatro de cordel, traz situações do cotidiano, abordando assuntos como homossexualidade, pedofilia, violência infantil e contra as mulheres, intolerância religiosa, discriminação contra deficientes, bullyng e outros.
Em seguida, houve a apresentação dos resultados das rodas de conversas. O Encontro prosseguiu com debate e aprovação do regimento interno, e em seguida visitas a espaços culturais da cidade, como o Terreiro de Mãe Aurinha e a Casa do Samba Zé de Lelinha.
RODAS DE CONVERSA
A roda de conversa é uma proposta metodológica do fórum de Cultura do Estado da Bahia, na qual dividimos os participantes do evento para debate e encaminhamentos de temas importantes para a gestão das políticas culturais do Estado. È importante frisar que seu principal diferencial é o caráter democrático e participativo da técnica metodológica, que prioriza a participação dos presentes intervindo nos pontos do debate.
No IV encontro foram desenvolvidas as seguintes rodas de conversa:
1 - Análise de Conjuntura – Freitas
2 - Culturas Populares – Paulo Magalhães
3 - Elaboração de Projetos – Helder Bomfim
4 - Produção de Texto para Teatro – Rita Pinheiro
5- Literatura e Literatura Negra – Jocelia Fonseca
6 - Capoeiragem: Recorde Contemporâneo da Ancestralidade - Luis Reis
A seguir, Descrições e Encaminhamentos das Rodas de Conversa:
Análise de Conjuntura do Território Recôncavo (Freitas)
O exercício das conferências se caracterizou como um instrumento de pressão para o avanço das políticas culturais na relação governo e sociedade. Contudo, identificamos que nas políticas culturais implantadas pelo Estado, tanto no seu modo como na sua seleção de prioridades, ainda há muito a melhorar.
Acreditamos na necessidade da organização da sociedade, tendo como referência o Fórum de Cultura da Bahia por ser exclusivamente composto pela sociedade civil. Tendo como premissa o objetivo de politizar e qualificar a ação da sociedade civil, formando novos agentes culturais, por ser uma das principais ferramentas que hoje detemos. Precisamos ampliar nossa relação com o Conselho Estadual de Cultura, potencializando sua ação na intenção da busca pela materialização dos anseios da sociedade.
O Fórum de Cultura da Bahia tem como principal objetivo a busca dos meios necessários para a materialização dos dispositivos legais existentes, a exemplo dos sistemas estadual e municipais de cultura, da Lei 8899/2003 - Mestres dos Saberes e Fazeres e do PL 19.642/2011 Lei Griô Bahia. Para tanto precisamos ter um amplo mapeamento da real situação (recursos; construção de conselhos; planos; fundos; criação, requalificação e refuncionalização dos espaços e equipamentos culturais; dentre outros) de aplicação da política cultural em cada território de identidade. Nossa metodologia inclui visita aos 27 territórios de identidade presente no estado.
É também papel do Fórum de Cultura da Bahia avaliar junto aos legislativos municipais possibilidade de criar legislações especificas de preservação de patrimônios culturais; contribuir para a formação cidadã através da afirmação de identidades; incentivar o processo de mobilização coletiva; fortalecer os intercâmbios entre as diversas vertentes de manifestações e linguagens culturais.
A Efetivação da PEC 150, que trata da destinação de 2% do orçamento do governo federal, 1,5% do Estado e 1% dos municípios se constitui em um compromisso de luta política do Fórum de Cultura da Bahia.
O Fórum de Cultura da Bahia deve contribuir para a conscientização da necessidade de formação de quadros e ocupação de espaços políticos estratégicos em todas as instâncias de poder, como um dos instrumentos fundamentais para a concretização das políticas culturais que desejamos.
Texto para Teatro (Rita Pinheiro)
Como fui informada que teria o horário dividido com outro facilitador, o tempo realmente foi curto e levou a que fizesse uma adequação na metodologia.
A estratégia de apresentação foi com a utilização de bonecos escolhidos pelos participantes, e foi bastante interessante. A participação de 3 pessoas deficientes visuais de modo algum atrapalhou o andamento, por sinal enriqueceu todo o processo.
Desenvolvemos algumas cenas do cotidiano, tipo: Morte, violência, amor, algazarra etc. A culminância foi realizada de forma improvisada, mas foi bastante interessante observar a intimidade não só no manuseio mas com o personagem criado por cada participante.
Culturas Populares (Paulo Magalhães)
Com a participação e troca de experiências de representantes de diversas manifestações culturais populares do estado, o grupo decidiu por estabelecer algumas pautas básicas a orientar o eixo de reivindicações e de construção e articulação política do Fórum em torno das culturas populares, elencando os itens a seguir:
Mapeamento dos Mestres, para que os mesmos sejam reconhecidos e registrados•
Parceria com universidades para viabilização dos mapeamentos, além da instrumentalização dos • mestres
Democratização de acesso aos editais, garantindo acessibilidade de diferentes públicos•
Produção de campanha estadual que estimule os municípios a criarem conselhos e fundos, além da • secretaria especifica para a cultura
Criação de rede onde haja troca de informações em relação às ações desenvolvidas em cada • localidade
Que os articuladores do Fórum marquem audiência pública e façam articulação com o Conselho • Estadual de Cultura
Criação de fóruns municipais que atendam às demandas especificas de cada município.•
Realização de seminário voltado aos mestres dos saberes e fazeres, garantindo a presença do governo, • a fim de obter pronunciamento oficial do mesmo em relação à Lei 8899.
Elaboração de Projetos (Helder Bomfim)
A oficina de elaboração de projeto teve por objetivo principal difundir técnicas de elaboração de projetos e debater mecanismos de financiamentos públicos e privados. Na oficina compareceu um grupo diverso de empreendedores sociais e a discussão se deu descrevendo todas as etapas de idealização e desenvolvimento dos projetos. Detalhadamente, discutimos as principais estratégias para construção de todos os itens necessários em um projeto. Debatemos conceitualmente etapa por etapa, além de analisar a importância de cada um dos itens que constituem o projeto. Além disso, também se esboçou um debate acerca dos editais públicos e a relação direta entre cada edital e a construção do projeto, adequando-os às diretrizes apontadas nos editais, assim como leis de incentivo e estratégias de captação privada. Como encaminhamento da oficina se idealizou a criação de um grupo de profissionais responsáveis pela incubação de projetos no Fórum de Cultura da Bahia.
A roda de conversa de elaboração de projetos do Fórum de Cultura da Bahia teve inicio com cerca de 15 participantes, envolvidos nas mais diversas áreas de atuação, tais como, museologia, direito, teatro, licitações publicas, e outros. Havendo essa variedade nas áreas desempenhadas pelos participantes a atividade tornou-se bastante dinâmica, tornando possível a apreciação pelos diversos pontos de vista ali presentes, gerando um momento de “chuva de idéias” fantástico o qual se limitou a ideia de unir o teatro e o museu, uma vez que atualmente nota-se a desvalorização dos museus por serem considerados monótonos e o teatro por sua vez, se fortalece aos poucos, vendo isso cria-se a idéia de que a união de ambos será impactante e notória. A roda de conversa foi ministrada por Helder Bomfim, coordenador da comissão de elaboração de projetos do fórum. Partindo da idéia de apresentar todos os pontos necessários para elaboração de um projeto ali, Helder Bomfim nos apresentou “Edi o tal” (edital), destrinchando parte por parte das etapas de elaboração de um projeto, partindo do objeto aos anexos que poderiam se fazer necessários de acordo com cada edital. A partir daí a expressão “roda de conversa” prevaleceu, em dialogo amplo e democrático chegamos a concordância da ação supracitada e criamos o esqueleto do projeto.
Literatura e Literatura Negra - Jocélia Fonseca
O grupo reuniu escritores, professores e representantes de pontos de leitura e bibliotecas comunitárias. Uma das pautas abordadas foi a necessidade de aprofundar a formação dos professores em relação às culturas africana e indígena, como parte da implementação da Lei 11.645/08, para evitar a folclorização, combater os preconceitos, o racismo e a intolerância religiosa. Outro ponto reafirmado foi a necessidade de construção de políticas transversais que dêem visibilidade à produção literária afro-baiana contemporânea, envolvendo artistas, escolas, mídias massivas e a sociedade. Foi ressaltada a necessidade de uma maior inserção da literatura afro-baiana contemporânea nas escolas, como parte de materiais didáticos e paradidáticos, indicações de leitura e obras obrigatórias para vestibulares.
Capoeiragem: Recorte Contemporâneo da Ancestralidade - Luís Reis
A oficina teve o objetivo de apresentar e debater diferentes interpretações sobre os sentidos da capoeira, manifestação cultural afro-brasileira que estrutura sua identidade em torno da tradição, do culto à ancestralidade, da mandinga e da malícia. A roda de conversa contou com a participação de capoeiristas de diversas linhagens, estilos e territórios, que puderam se apresentar e falar de suas experiências; da realidade de cada local, seus mestres e linhagens; do envolvimento de cada comunidade; dos projetos sócio-educativos que cada grupo participa/desenvolve; das relações e parcerias com poder público; dentre outras questões. Para abrir os trabalhos e provocar as discussões, foram exibidos trechos de dois documentários que tratam da vida das principais referências identitárias das duas linhagens/estilos de capoeira: são os filmes “Pastinha! Uma Vida Pela Capoeira” (Antônio Carlos Muricy – 1998) e “Mestre Bimba – A Capoeira Iluminada” (Luiz Fernando Goulart – 2007). Os dois grandes mestres que são referência das capoeiras angola e regional, Pastinha e Bimba, respectivamente, apesar de toda a contribuição que deram para sua época e para a posteridade, tiveram finais inglórios, com grandes dificuldades materiais de sobrevivência. O que é necessário para que esta triste sina não se repita? Dentre as ações propostas para o Fórum, destacaram-se:
Necessidade de provocar a criação e participar ativamente do Setorial de Culturas Populares e Identitárias;
Acompanhamento do Plano de Salvaguarda da Capoeira (Pró-Capoeira), agora sob responsabilidade da Fundação Palmares;
Luta pela implementação da Lei dos Mestres de Saberes e Fazeres (8.899/03);
Cobrar a realização de novas edições do edital Capoeira Viva;
Somar com a luta dos grupos e instituições representativas (ABCA, FECABA e outras) na luta por políticas públicas voltadas para a capoeira.
A roda de conversa foi finalizada com uma roda aberta de capoeira, quando diversas pessoas que estavam em outros grupos puderam participar e apreciar.
INSTITUIÇÕES PRESENTES
Associação para a Inclusão a Comunicação Cultura e Arte - ARCCA
Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro - ACANNE
Associação Brasileira de Capoeira Angola - ABCA
Biblioteca Comunitária Prometeu Itinerante
Bloco Afro Cultural Relíquias Africanas
Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFBA
Centro Acadêmico de Filosofia da UFBA
Centro Cultural Quilombo Cecília
Diretório de Estudantes da UFBA- DCE-UFBA
Fórum Estadual de Economia Solidária
Fórum de Pontos de Cultura da Bahia
INTEGRO - Instituto de Tecnologia, Educação E Gestão Organizacional
Instituto COMVIDA - Formação e Inclusão Social
Circuito de Teatro e Dança do Recôncavo
Juventude São Franciscana
Importuno Poético
Movimento Sem Teto da Bahia
Grupo Cultural Lindroamor Axé
Associação Cultural José Vitório dos Reis - Zé de Lelinha
Associação Beneficiente Cultural e Comunitária de Moradores da Pitangueira
Conselho Municipal de Saúde de São de Francisco do Conde
Samba Raizes de Angola
Samba Chula Filhos da Pitangueira
Associação Cultural e Comunitária de Moradores do Socorro
Coordenação Nacional de Entidades Negras - CONEN
Conselho Estadual de Cultura
Instituto Pedra do Raio
Projeto Rota Afro Cultural
Rede Mediações Museológicas
Companhia Desabafo Teatral
Coral Juventude e Arte do Recôncavo
AGRADECIMENTOS
Prefeitura de São Francisco do Conde
Diretório Central dos Estudantes da UFBA Gestão Ciranda de Lutas
INTEGRO Instituto de Tecnologia, Educação E Gestão Organizacional
Instituto Comvida Formação e Inclusão Social
ARCCA - Associação para a inclusão Comunicação Cultura e Arte
Mandato do Deputado Estadual Marcelino Galo
Mandato do Deputado Estadual Rosemberg Pinho
Mandato do Deputado Estadual Bira Coroa
Fórum de Pontos de Cultura da Bahia
Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro ACANNE
Bloco Afro Cultural Relíquias Africanas
Conselho Municipal de Saúde de São Francisco do Conde
Conselho Municipal
de Direito da Criança e do Adolescente
Escola Estadual Martinho Sales Brasil
Escola Cruz Rios
APAE - São Francisco Do Conde
Kiosque Da Orla - São Francisco Do Conde
Pontinho Do Samba Jose Vitorio Dos Reis
Escola Cruz Rios
APAE - São Francisco Do Conde
Kiosque Da Orla - São Francisco Do Conde
Pontinho Do Samba Jose Vitorio Dos Reis
PARA REFLEXÃO
Canto, poesia, dança, encantamento e muita animação. Foi dessa forma que estudantes, lideranças políticas e comunitárias, bem como representantes da cultura no Território do Recôncavo presenciaram o início do IV Fórum de Cultura da Bahia, sediado no município de São Francisco do Conde, dias 28 e 29 de abril.
O grupo cultural sanfranciscano, Lindroamor Axé, foi o primeiro a se apresentar. A frente do grupo estava a Conselheira Municipal e Estadual de Cultura, Alva Célia Medeiros, que recepcionou o público sob os cânticos de crianças e senhoras fazendo, em seguida, uma referência aos trabalhos sociais atualmente desenvolvidos pelo grupo e uma explanação acerca da origem e etnia do Lindroamor - este grupo cultural já possui mais de 40 anos no município e sua história perpassa as culturas europeia e africana. “Temos pessoas que tinham sérios problemas de saúde e encontraram no Lindroamor a verdadeira terapia, através da dança e do alto astral que o grupo emana”, destacou Alva Célia.
“Esse 4º do Fórum de Cultura tem uma importância ímpar para nós, uma vez que São Francisco do Conde tem assumido o discurso de fortalecimento e promoção da cultura dentro do seu território. Que com a união das discussões que saírem daqui com as ideias dos demais territórios possamos implementar políticas públicas que venham a fazer da cultura uma prioridade no estado. O Recôncavo sobrevive de sua história e cultura e para sobrevivermos destes elementos, precisamos nos fortalecer. Queremos fazer o Recôncavo brilhar no cenário baiano. São dois dias de interlocução para nos irmanarmos ainda mais”, declarou Ana Christina Oliveira, secretária de Cultura e Turismo, ao dar boas-vindas aos participantes. Em seguida, o Coral Juventude Arte do Recôncavo fez uma belíssima apresentação. Depois foi a vez da mãe de santo, de um jovem e três portadores de deficiência visual adentraram o espaço com as bandeiras do Brasil e da Bahia em punho, clamando por cultura e respeito a diversidade.
Com a abertura da Mesa de Diálogo, facilitada por Douglas Almeida e Cris Gonçalves, o Pesquisador e Especialista em Patrimônio Cultural - André Araújo falou sobre as legislações vigentes em torno do patrimônio cultural na Bahia. O diálogo foi reforçado, em seguida, por Sérgio São Bernardo, do Instituto Pedra do Raio, que debateu o entendimento da cultura e o direito humano. “Como a cultura muda e nós mudamos com a cultura, conseguimos constituir novas linguagens”, destacou o advogado durante seu pronunciamento. O último palestrante, Márcio Griô, presidente do Conselho Estadual de Cultura, falou, entre outras coisas, sobre a transmissão de conhecimentos Griô - que é passada por meio da oralidade. Os debates programados foram intercalados a fala de cada palestrante e de grande valia para os presentes que puderam tirar suas dúvidas.
Durante o primeiro dia do Fórum teve ainda Análise de Conjuntura do Território com Rosildo Rosário - Coordenador da Associação de Sambadores e Sambadeiras da Bahia e a Conselheira Alva Célia. As Rodas de Conversa foram divididas em seis temas: Análise de Conjuntura (Freitas); Culturas Populares (Paulo Magalhães); Elaboração de Projetos (Helder Bomfim); Produção de Texto para Teatro (Rita Pinheiro); Literatura e Literatura Negra (Jocelia Fonseca); e, Capoeiragem: Recorte Contemporâneo da Ancestralidade (Luís Reis).
O encerramento do evento, realizado dia 29 de abril, foi marcado pela aprovação do Regimento Interno, Programação Cultural com visita ao Terreiro de Mãe Aurinha e Casa do Samba Zé de Lelinha, além de diversas apresentações culturais.
Fonte: Site da Prefeitura de São Francisco do Conde - O Texto foi Editado.
O NOSSO V ENCONTRO SERÁ NO BAIXO SUL BAIANO
Apresentação do V Encontro - Território do Baixo Sul
A cultura, em todos os seus aspectos, artísticos ou outros, tanto de criação, quanto de admiração e divulgação, tem como resultado fortalecer a identidade pessoal e social do indivíduo, bem como de integrá-lo em sua família e em sua comunidade, fornecendo-lhe, através do bem estar mental e social, as condições necessárias para sua sobrevivência.
O Baixo Sul da Bahia é uma das regiões mais antiga da colonização do Brasil. Sua ocupação começou em meados do século XVI, visando abastecer de alimentos a recém fundada cidade do Salvador.
Com uma histórica importância estratégica, sempre foi alvo de invasões e lutas, e utilizada para o tráfico clandestino de escravos e para a construção de estaleiros e abrigo de embarcações.
Nas décadas de 1980 e 90, em função dos reduzidos padrões de produtividade da agricultura local, da crise da lavoura cacaueira (vassoura de Bruxa) e dos baixos preços do cravo, do látex e do guaraná, a maioria das famílias, não conseguindo sobreviver no meio rural, foram buscar nos manguezais e no mar a fonte de recursos e de alimentação. Tal fato contribuiu para que as pequenas cidades do Baixo Sul crescessem desordenadamente.
Contrastando às baixas condições de vida, estão às inúmeras oportunidades de desenvolvimento oferecidas pelas riquezas naturais do território, como a produção de peixes e mariscos, cacau, palmito, piaçava, dendê, guaraná, mandioca, cravo-da-índia, pimenta e látex, entre outras culturas agropecuárias.
Desta forma, o território apresenta enorme potencial de desenvolvimento, com vocação natural para agricultura e pesca como maiores forças econômicas e bem como um potencial latente para o turismo.
O Baixo Sul da Bahia e seu belíssimo litoral tem também uma produção bastante variada de artesanato e produtos da tradição local. Na Bahia, as tradições religiosas são muito variadas, com origens diferentes como portuguesa, indígena e africana. Na Costa do Dendê, muitas dessas tradições se encontram bem preservadas, e celebradas ao longo do ano com festas atribuídas aos santos católicos e de religiões de origem africana e indígena. Algumas delas vêm atravessando muitas gerações a exemplo do Zambiapunga, dando frutos a uma enorme variedade cultural, das danças de raízes quilombolas Zabelinha e do Enrolador que remontam às festividades de terreiro após um dia de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar que proliferavam pela Bahia no período colonial.
O Fórum de Cultura vem neste Território de Identidade realizar seu V Encontro na Cidade de Valença, com o objetivo de consolidar a sua presença no Baixo Sul da Bahia, celebrando sua cultura, se enriquecendo com as manifestações culturais presentes neste território e acima de tudo, contribuindo para a sobrevivência, fortalecimento e consolidação da cultura tradicional em nosso Estado.
As cidades são: Valença, Aratuipe, Caíru, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Igrapiuna, Ituberá, Jaguaripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, Teolândia e Wenceslau Guimarães.
O Território do Baixo Sul tem sua história pautada por diversas manifestações culturais reconhecidas mundialmente. O Fórum de Cultura da Bahia busca neste V Encontro fomentar a Sociedade Civil no sentido de sistematizar e/ou registrar a existência dos grupos culturais de forma a criar mecanismos que venham contribuir para a organização e sustentabilidade das mesmas, possibilitando um maior aprendizado, através de discussões e leitura de informações coletadas, proporcionando um apanhado teórico conceitual acerca das manifestações artísticas, culturais e patrimoniais do Território Baixo Sul, bem como de seus Mestres e Mestras.
A realização do V ENCONTRO DO FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA na Cidade de Valença justifica-se em razão da riqueza e diversidade cultural do Território Baixo Sul da Bahia, algumas das quais nacional e mundialmente conhecidas, as quais até o presente momento não dispõem de um levantamento preliminar de informações através de material bibliográfico, de maneira que o Fórum propõe-se a discutir e colaborar para a construção de tais materiais.
O objetivo do Fórum é ser abrangente, agregando todos os municípios, entidades, grupos, artistas e militantes da cultura.
Sendo assim, elegemos o Território do Baixo Sul e seus 14 Municípios pela sua rica diversidade cultural, tendo a Cidade de Valença como Anfitriã para realizar o V Encontro Estadual de Cultura da Bahia por conta de sua localização estratégica, que facilita em muito a locomoção dos participantes.
III ENCONTRO DO FÓRUM DE
CULTURA DA BAHIA
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Território de Identidade: Chapada Diamantina
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Município de Rio de Contas
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09, 10 e 11 de Março de 2012
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ÍNDICE
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS
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APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE
CULTURA DA BAHIA
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APRESENTAÇÂO DO ENCONTRO
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PROGRAMAÇÃO
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ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
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RESUMOS DAS ATIVIDADES
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ENCAMINHAMENTOS
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INSTITUIÇÔES PRESENTES
|
AGRADECIMENTOS
|
PARA REFLEXÃO
|
O NOSSO IV ENCONTRO SERÁ NO
RECÔNCAVO BAIANO
|
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
|
Esse documento é um
relatório técnico descritivo do III Encontro do Fórum de Cultura da
|
Bahia. Ele é fruto da
necessidade de registro do evento e do compartilhamento dos conteúdos
|
construídos no evento. Esse
texto é de responsabilidade técnica do Sociólogo Helder Bomfim,
|
que contou para sua
construção com o apoio de demais membros do Fórum, se destacando na
|
construção do texto Ana
Paula Rodrigues, Eucimar Freitas e Paulo Magalhães. E no
|
registro fotográfico, do
olhar sensível de Paulo Magalhães, Eduardo Silva, Luis Reis e demais
|
fotógrafos e fotógrafas que
também são membros do Fórum. Todas as informações descritas neste texto
objetivam aproximar o leitor da rica experiência de participação popular no
debate sobre
|
as políticas culturais no
Estado da Bahia.
|
Helder Bomfim
|
Sociólogo
|
APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DE
CULTURA DA BAHIA
|
POR UMA GESTÃO DAS POLÍTICAS CULTURAIS DESCENTRALIZADAS!
|
O FÓRUM DE CULTURA DA BAHIA foi articulado durante a realização da IV
|
Conferência Estadual de
Cultura em 2011 e criado a partir da sua primeira reunião de formação
|
em Janeiro de 2012 no Espaço
N’Casa em Lauro de Freitas, região metropolitana de
|
Salvador. O Fórum é um
espaço de discussão e de articulação permanente, composto
|
de pessoas físicas e
jurídicas envolvidas com a questão cultural, não fazendo qualquer
|
discriminação de origem
étnica, de gênero, de religião e de linguagem artística. O
|
Fórum é apartidário, aberto
à cooperação com órgãos governamentais, não governamentais e privados com abrangência
nos 417 municípios do Estado da Bahia.
|
O Fórum é um instrumento de controle social da Sociedade civil para proposição,
|
monitoramento e avaliação
das estratégias de gestão das políticas culturais do Estado
|
da Bahia. É de objetivo do
Fórum acompanha a execução de ações, projetos e
|
programas que são executados
por órgão governamentais (esfera municipal, Estadual
|
e Federal) e pela iniciativa
privada. O Fórum se direciona para apoiar os trabalhos e as
|
ações dos Conselhos
Municipais de Cultura e do Conselho Estadual de Cultura,
|
potencializando as formas e
meios de produção e acesso à cultura, o marketing e
|
divulgação cultural, além de
apoiar as ações do Fundo Estadual de Cultura dos
|
editais e dos chamamentos
públicos da área cultural.
|
O Fórum é uma forma
democrática de reunir pessoas, entidades, artistas,
|
produtoras/es,
professoras/es, estudantes, interessadas/os na cultura em geral e em
|
debater todas as questões,
dentre elas e a mais importante de todas, a Política
|
Estadual de Cultura. Assim
como, promover capacitações, workshops e oficinas para
|
qualificação social e
profissional e para capilarização das políticas culturais nos 27
|
territórios de identidade do
Estado da Bahia.
|
O Fórum é uma articulação estadual, para valorização da cultura, de pessoas,
|
entidades não governamentais
e de empresas, bem como de entidades que
|
representam profissionais
das respectivas áreas da cultura. Ele é um instrumento da
|
sociedade civil organizada, que
se dispõe a discutir problemas e encontrar soluções
|
estratégicas para gestão das
políticas culturais no Estado. Nosso papel é apoiar e potencializar
|
as políticas aprovadas nas
diversas instâncias governamentais, fortalecendo a
|
operacionalização delas nos
27 territórios de identidade da Bahia.
|
O Fórum é eclético, plural,
mas com muita raça para decidir, peitar,
|
encaminhar saídas
estratégicas para as crises e os problemas da gestão das políticas
|
culturais. O Fórum de
Cultura da Bahia tem também o objetivo promover e fortalecer os Fóruns
|
Municipais de Cultura no Estado.
|
É chegada a hora.
|
O Fórum de Cultura da Bahia é tarefa de todos nós!
|
APRESENTAÇÃO DO ENCONTRO
|
Como já dito, o principal
objetivo do Fórum é o fortalecimento das manifestações culturais
|
do Estado, optamos
estrategicamente pela organização de encontros territoriais em todo o
|
Estado da Bahia, visitando
os 27 territórios de Identidade do Estado. O III Encontro do Fórum
|
de Cultura da Bahia ocorreu
na cidade de Rio de Contas, sua escolha se deu pela importância
|
da difusão de Editais de
culturais em vigor, o edital de Microprojetos Bacia do São Francisco e
|
do Prêmio Agente Jovem de
Cultura do Ministério da Cultura, assim como o Edital Calendário
|
das Artes da Secretaria
Estadual de Cultura da Bahia - Secult/BA. Além de representar a
|
capilarização do Fórum no
Estado da Bahia, descentralizando o eixo de atividade,
|
difundindo no território de
Identidade da Chapada Diamantina as ações do Fórum
|
de Cultura da Bahia e mobilizando
no território à adesão ao Fórum de agentes culturais daquela
|
região.
|
No encontro participaram
aproximadamente 80 (oitenta) agentes culturais de 15
|
(quinze) Municípios do
Estado da Bahia, destacando-se: Rio de Contas, Taperoá,
|
Salvador, Camaçari, Lauro de
Freitas, Ilhéus, São Francisco do Conde, Seabra, Santa
|
Bárbara, Santo Amaro e Saubara.
No Município contamos com a estrutura da Escola
|
Municipal como alojamento
solidário, e do teatro São Carlos como local para
|
realização das atividades.
|
PROGRAMAÇÃO
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Evento: III Encontro do Fórum de Cultura da Bahia
|
Local: Cidade de Rio de Contas – Território da Chapada Diamantina
|
Objetivo: Articulação territorial do Fórum de Cultura do Estado da Bahia,
Construção do
Regimento Interno e Oficina
para preenchimento do Edital de Microprojetos Bacia de São
Francisco.
|
Atividades
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Dia 09 de Março de 2012
|
17:00h - Concentração dos Participantes na frente do Shopping Iguatemi
Salvador;
|
18:30h - Saída dos ônibus para Rio de Contas.
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Dia 10 de Março de 2012
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9:00h – 10:00h – Dinâmica de apresentação dos presentes;
|
10:00h – 11:00h – Apresentação do Fórum de Cultura do Estado da Bahia;
|
11:00h – 12:30 – Apresentação do Edital Microprojetos Bacia de São Francisco;
|
12:30h – 14:00h – Almoço;
|
14:00h – 17:00h – Oficina de Elaboração de Projetos – Helder Bomfim;
|
17:00h – 19:00h – Leitura e construção do regimento;
|
20h – 23h – Programação Cultural.
|
Dia 11 de Março de 2012
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08:00h – 14:00h - Visita às Comunidades Quilombolas de Rio de Contas e ao Ponto de
Cultura
Casa de Bonecos;
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15h – Retorno.
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ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO
|
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
|
Todo o trabalho de
divulgação da atividade se deu através de três eixos atuação:
|
Contato pessoal, material
impresso e mídia digital. Todo o processo de divulgação foi
|
implementado a partir da
metodologia “bola de neve” na qual os agentes mobilizados
|
se tornavam agentes
mobilizadores, difundindo o evento nos territórios de identidade
|
RESUMOS DAS ATIVIDADES
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09 DE MARÇO DE 2012
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No fim da tarde e no inicio
da noite, do dia 09 de Março, partimos de Salvador em dois
|
ônibus rumo à Cidade de Rio
de Contas, com muita felicidade e vontade de apresentar
|
o fórum no território,
partimos ansiosos e cheios de expectativas para o III Encontro.
|
Na estrada, dividimos em
dois ônibus já difundíamos onde passávamos nossos
|
objetivos, nos contagiando e
convidando agentes e instituições culturais para
|
participação do debate sobre
a Política Estadual de Cultura, já travados pelo Fórum.
|
10 DE MARÇO DE 2012
|
“No dia 10, assim que chegamos, em Rio de
Contas, já
|
começávamos a sentir que de fato a cidade tem uma
energia muito pulsante e forte. Que se corporifica através
de suas manifestações culturais. Logo que chegamos, nos
concentramos no Teatro São Carlos, no centro da cidade,
onde aconteceu a abertura do encontro. Fomos
agraciados por performances, depoimentos e falas que já
indicavam a riqueza e qualidade
do evento. Em meio a
cantos, danças e apresentações de bonecos ficamos
tomadas pela força e pela beleza da cultura Griô do Estado
da Bahia. Arrepiados por tanta espontaneidade e
criatividade, iniciamos as atividades do Fórum com quase
80 participantes.” (HELDER BOMFIM)
|
Iniciamos as atividades nos
reunido com membros da comunidade, estavam presentes
|
os representantes institucionais,
como o prefeito Márcio Farias, o Coordenador de Cultura do
|
Município de Rio de Contas
Fernando Pinto, a articuladora local do Ponto de Cultura Ciranda
|
de Bonecos Rosa Griô, assim
como os demais participantes do Fórum, dos territórios de
|
identidade do Estado da
Bahia. A população de Rio de Contas também mostrou seu poder com
|
a presença no evento.
|
A abertura do Fórum foi
contemplada com as mais belas apresentações teatral. Oriundo
|
de um Workshop, uma oficina
de teatro feita pelo diretor de artes, educador
|
ambiental, oceanógrafo e
também morador da cidade André Mello. O nome da peça é
|
Salvando o Riacho das
Flores, um tema voltado para a valorização e preservação
|
do meio ambiente, e também
com um toque de lição de vida, os personagens foram
|
compostos por um grupo de
jovens estudantes da cidade. E deixou todos os
|
participantes do Fórum completamente
emocionados. Além das apresentações de
|
teatro de bonecos feita pela
Griô Rita Pinheiro e também da apresentação da estória
|
da Nega Zofir, contada pela
Griô local Flávia Pacheco.
|
Para finalizar as
apresentações foi realizada uma dinâmica de agradecimento e
|
apresentações de todos os
presentes, expondo nome, cidade e área de atuação. No
|
momento agradecemos a todos
os parceiros e colaboradores, em especial a Prefeitura
|
de Rio de Contas, a
Coordenação de Cultura do Município e ao Ponto de Cultura
|
Ciranda de bonecas,
instituições e pessoas que possibilitaram a realização do Evento.
|
Assim como a Prefeitura de
São Francisco do Conde e a Universidade Federal da Bahia
|
que disponibilizaram ônibus
para deslocamento dos participantes.
|
Todos os presentes se apresentaram,
e ficou evidente a força que nos une para
|
promoção e valorização da
diversidade cultural no Estado da Bahia. Entre o
|
participantes estiveram
presentes representante de quinze cidades. Além dos
|
moradores da Cidade de Rio
de Contas e também das comunidades de quilombolas
|
Barra e Mato Grosso. Baianos
de diferentes cidades e territórios de identidade que
|
naquele momento
compartilhavam um só objetivo o fortalecimento do Fórum de
|
Cultura da Bahia. As falas evidenciavam as trajetórias de atuação na área da
cultura,
|
haja vista que ali todos
eram agentes culturais e representantes de pessoas jurídicas
|
de atuação de alguma
manifestação cultural.
|
A primeira atividade foi
desenvolvida por Cristina Gonçalves, Freitas, Helder
|
Bomfim e Welligton Oliveira,
que compuseram a mesa de apresentação do
|
Fórum. Apresentando o Fórum de
Cultura da Bahia no território da chapada Diamantina
|
e ressaltando que seu
objetivo é incluir e legitimar a sociedade civil nas articulações e
|
decisões voltadas para o
desenvolvimento social na gestão das políticas culturais do
|
Estado. Terminadas as
apresentações, nas quais expusemos nossas expectativas para
|
participação no Fórum, nos
direcionamos para o acolhimento solidário onde foi
|
servido o almoço para maior
integração dos participantes.
|
Durante à tarde do dia 10,
foi desenvolvemos uma Oficina de Elaboração de
Projetos
|
na qual se foi discutida os
caminhos para sistematização de propostas de trabalho e
|
projetos para editais e
chamadas públicas. Além da apresentação dos seguintes editais
|
públicos da área cultural em
andamento:
|
1- Edital de Microprojetos
Bacia do Rio São Francisco (MINC e FUNARTE);
|
2- Prêmio Agente Jovem de
Cultura (MINC);
|
3- Calendário das Artes
(SECULT-BA);
|
4- Programa de Difusão
Cultural (MINC).
|
O objetivo da oficina além
de familiarizar os participantes com os critérios de
|
financiamentos públicos para
ações culturais quis também tornar acessível os conceitos e as
|
linguagens técnicas de
elaboração de projetos e captação de recursos. O Fórum
|
através de oficina
operacionaliza um dos seus objetivos, promover a qualificação e
|
capacitação dos agentes e
instituições/grupos culturais da Bahia. Esse foi um momento de
|
troca de informações, e de
construção de conhecimento sobre as estratégias de
|
sustentabilidade para desenvolvimento das ações culturais da sociedade civil
|
organizada no Estado da
Bahia.
|
Também nesse dia debatemos o
regimento interno do Fórum, além da formação de uma
|
comissão executiva
provisória que tem por objetivo operacionalizar os objetivos do
|
Fórum e a construção do IV
Encontro. A comissão executiva provisória é formada pelas seguintes
subcomissões: Regimento; Comunicação, Mobilização e Relações Institucionais;
Planejamento
|
e
|
Abaixo segue composição da
Comissão executiva Provisória do Fórum de Cultura da Bahia:
|
PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO
|
EDUARDO SILVA
|
RITA PINHEIRO
|
ROBERT ALEXANDRE
|
IASMIM XAVIER
|
ANA PAULA RODRIGUES
|
JOCELIA FONSECA
|
EUCIMAR FREITAS
|
DOUGLAS ALMEIDA
|
LUIS HENRIQUE REIS
|
JOBER LINS
|
COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO,
RELAÇÕES
INSTITUICIONAIS
|
NATHALY PORTUGAL
|
WELLIGTON OLIVEIRA
|
HELDER BOMFIM
|
EUCIMAR FREITAS
|
ANA PAULA RODRIGUES
|
BRUNO NOVAES
|
INFRAESTRUTURA
|
ROBERT ALEXANDRE
|
IASMIM XAVIER
|
NATHALY PORTUGAL
|
EUCIMAR FREITAS
|
LUIS HENRIQUE REIS
|
REGIMENTO
|
PAULO MAGALHÃES
|
WELLIGTON OLIVEIRA
|
HELDER BOMFIM
|
RITA PINHEIRO
|
JOBER LINS
|
FINANÇAS E CAPTAÇÃO DE
RECURSOS
|
ANDREIA FREITAS
|
EUCIMAR FREITAS
|
HELDER BOMFIM
|
PAULO MAGALHÃES
|
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
MAPEAMENTO
|
HELDER BOMFIM
|
RAQUELY EDIGHTON
|
JOÃO SANTANA
|
AMANDA SILVA
|
ELTON BOMFIM
|
DOUGLAS ALMEIDA
|
EDNEIA RODRIGUES
|
PAULO MAGALHÃES
|
A noite, por volta da
21h30minh, nos reunimos outra vez no Teatro São Carlos, onde
|
aconteceu a noite Cultural
do III Encontro do Fórum de Cultura da Bahia. O evento em
|
formato de sarau se iniciou
com presença marcante de Douglas Almeida, que
|
poeticamente, fez as honras
declamando e convidando ao palco a fantástica poetriz
|
(poetisa e atriz) Jocélia
Fonseca, que na ocasião interpretou a performance Canto
|
Negro. Com ela fomos convidados a refletir sobre questões de gêneros e
questões
|
raciais a partir da
declamação e interpretação de poesias e poemas de poetas como,
|
Elisa Lucinda e também
textos de autoria da própria poetriz.
|
“Não tenho como explicar em
poucas palavras como foi o prazer de ter participado do III Encontro do Fórum
de Cultura no território da chapada, na cidade de Rio de Contas. As
manifestações culturais deixaram todos os participantes do Fórum
completamente emocionados e arrepiados. Eu pude presenciar a força do povo se
organizando”
(ANA PAULA RODRIGUES)
|
Em meio a aplausos e
felicitações, damos continuidade ao sarau, que foi marcada com a
|
declamação de diversos
poetas presentes. Dentre estes se destacaram Mãe Lélia,
|
representante do bloco
afrocultural Relíquias Africanas, Douglas de Almeida articulador do
|
evento Viva a Poesia Viva e
diretor da Biblioteca Comunitária Prometeu Itinerante; além de
|
Kuka Matos, Jober Lins, Luis
Reis, Cláudio, Nagô, dentre outros.
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11 DE MARÇO DE 2012
|
Na manhã do dia 11, foi dado
seguimento da programação do Fórum, pois a demanda de
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conteúdo para ser discutida
no dia anterior foi extensa e não foi discutido todos os pontos da
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pauta. Nesse sentindo, o que
estava na programação do dia era uma visita aos Quilombos
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Bananal e da Barra, contudo
tivemos que substituir pela continuidade da discussão da Comissão
|
Executiva Provisória do
Fórum, para que se fosse organizada as comissões definido as futuras
|
ações do Fórum e os
encaminhamentos do Evento.
|
“O potencial que percebemos a partir da organização e da
mobilização social. Nos mostra que existe em gestação
todas as condições
necessárias na busca das soluções
de nossos problemas. Conseguimos perceber isso no
modelo de organização que estamos construindo com os
encontros do Fórum, garantindo a coesão e coerção social.
Temos que implementar o quarto, o quinto, o sexto...
Visitando todos os territórios de identidade, levando o Fórum
Estadual de Cultura para todo o Estado da Bahia”
(Eucimar Freitas) |
ENCAMINHAMENTOS
|
Dentre os encaminhamentos registrados pela plenária final do
evento, destacam-se os
seguintes:
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1- Criação da
Comissão Executiva Provisória para gestão do Fórum de Cultura da Bahia, até o IV
Encontro;
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2- Realização do IV Encontro do Fórum
de Cultura da Bahia no território de Identidade do
recôncavo, nos dia 28 e 29 de Abril, na
cidade de São Francisco do Conde;
|
3- Fortalecimento da
pesquisa, intitulada “Mapeamento dos Agentes e Grupos
Culturais do Estado da Bahia”, iniciativa acadêmica que
objetiva dar visibilidade os agentes e os grupos culturais do Estado da
Bahia;
|
4- Criação de um Encontro Temático que discuta a situação atual do Centro Histórico de
Salvador;
|
5- Buscar as ações do Estado
que implemente a Lei 8899/03, a
lei dos Mestres de Saberes
e Fazeres do Estado da Bahia e aprovação
da PL 19.642/2011 que Institui a Política
Estadual Griô, para proteção e fomento à transmissão dos saberes e fazeres de
tradição oral.
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6- Sugestões de pontos para reflexão da gestão cultural da Prefeitura de Rio de Contas;
|
1.1 – Carnaval;
|
1.2 - Corpus Christ;
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1.3 - Acessibilidade ao Teatro
São Carlos;
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1.4 - Fortalecimento dos
Grupos da região.
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INSTITUIÇÕES PRESENTES
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ARCCA - Associação para a Inclusão a Comunicação Cultura
e Arte.
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Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro - ACANNE
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Biblioteca Comunitária Prometeu Itinerante
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Bloco Afro Cultural Relíquias Africanas
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Ponto de Cultura Ciranda de Bonecos
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Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFBA
|
Centro Acadêmico de Filosofia da UFBA
|
Centro Cultural Quilombo Cecília
|
CONEN – Coordenação de Entidades Negras
|
Curso de Aperfeiçoamento Educação de Jovens e Adultos na
Diversidade - LEPEJA - Faculdade de Educação da
Universidade Federal da Bahia - UFBA
|
Diretório de Estudantes da UFBA- DCE-UFBA
|
Fórum Estadual de Economia Solidária
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Fórum d e Pontos de Cultura da Bahia
|
INTEGRO – Instituto de
Tecnologia, Educação E Gestão
Organizacional
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Instituto COMVIDA – Formação
e Inclusão Social
|
Circuito de Teatro e Dança do Recôncavo
Juventude São Franciscana
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Trio Importuno Poético
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Movimento Sem Teto da Bahia
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Galeria Mestre Abdias
|
Grupo Teatral NOZ CEGO
|
Juventude
Levante
Grupo Cultural
Lindroamor Axé
Associação Cultural
José Vitório dos Reis - Zé de Lelinha
Associação
Beneficiente Cultural e Comunitária de Moradores da Pitangueira
Conselho
Municipal de Saúde de São de Francisco do Conde
Samba Raizes
de Angola
Samba Chula Filhos da Pitangueira
Associação
Cultural e Comunitária de Moradores do Socorro
|
AGRADECIMENTOS
|
Secretaria de Políticas para
as Mulheres do Estado da Bahia
|
Prefeitura Municipal de Rio
de Contas
|
Prefeitura de São Francisco
do Conde;
|
Coordenação de Cultura da
Cidade de Rio de Contas
|
Diretório Central dos
Estudantes da UFBA– Gestão Ciranda de
Lutas;
|
Ponto de Cultura Ciranda de
Bonecos
|
INTEGRO – Instituto de
Tecnologia, Educação E Gestão Organizacional
|
Núcleo Cultura de Alegria e
Saberes Artisticos- N`Casa
|
Instituto Comvida – Formação
e Inclusão Social
|
ARCCA - Associação para a
inclusão Comunicação Cultura e Arte;
|
Mandato do Deputado Federal
Walmir Assunção
|
Mandato do Deputado Estadual
Rosemberg Pinho
|
Mandato do Deputado Estadual
Marcelino Galo
|
Fórum de Pontos de Cultura
da Bahia
|
Associação de Capoeira
Angola Navio Negreiro - ACANNE
|
Bloco Afro Cultural
Relíquias Africanas
Rádio Rio de Contas FM
|
PARA REFLEXÂO
|
FÓRUM DE CULTURA CONSOLIDA
SUA ARTICULAÇÃO NA BAHIA
|
A III reunião do Fórum de
Cultura da Bahia mostrou que este veio pra ficar. Cerca de 80
|
militantes e artistas,
provenientes de 15 cidades de diferentes territórios de identidade e
|
diversas manifestações
culturais, estiveram reunidos em Rio de Contas para debater o
|
regimento e a organização do
Fórum.
|
Criado após a IV Conferência
Estadual de Cultura, o Fórum tem o objetivo de ser um espaço de
|
articulação da sociedade
civil, onde artistas, entidades e movimentos culturais possam propor,
|
acompanhar, fiscalizar e
cobrar a implementação de políticas públicas de cultura na Bahia.
|
As atividades se iniciaram
no sábado de manhã, com uma apresentação teatral da juventude
|
rio-contense, dirigida por
André Mello, do Ponto de Cultura Ciranda de Bonecos. A peça, que
|
abordou a devastação
ambiental e a perspectiva de transformação a partir da ação coletiva,
|
emocionou os presentes. A
Griô Rita Pinheiro, de Salvador, apresentou seu teatro de bonecos,
|
e Flávia Pacheco, de Rio de
Contas, contou a origem mítica da Nega do Zofir, famosa escultura
|
local depredada pela
intolerância religiosa.
|
A mesa de abertura contou
com a participação do prefeito Márcio Farias; do representante do
|
território da Chapada Diamantina,
Pitágoras Luna; da coordenadora do Ponto de Cultura
|
Ciranda de Bonecos, Rosa
Griô; e dos membros do Fórum de Cultura da Bahia Helder Bomfim
|
(Projeto Eu Sou Negão) e
Eucimar Freitas (CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras).
|
Durante o dia, todos puderam
se conhecer e trocar experiências, visando um conhecimento
|
mais amplo das diversas
manifestações e movimentos culturais, seus problemas e dificuldades
|
em comum. Uma oficina de
projetos foi conduzida por Helder Bomfim e Kuka Matos
|
FUNCEB/BA, a fim de
incentivar a elaboração de projetos por parte dos grupos
|
e entidades, visando a
sustentabilidade de suas ações. Após uma breve exposição do
|
regimento interno do Fórum,
ainda em processo de construção, foram formadas as comissões
|
provisórias responsáveis
pela condução de suas ações até o próximo encontro.
|
Durante a noite de sábado,
os participantes foram agraciados com a performance poética
|
Canto Negro, da poetriz
(poetisa/atriz) Jocélia Fonseca membro do trio Importuno Poético,
|
com quem lançou um livro em
2011, Jocélia Fonseca participa da coordenação do MSTB
|
(Movimento Sem Teto da
Bahia) e do Centro Cultural Quilombo Cecília.A noite prosseguiu em
|
formato de sarau, com a
declamação de diversos presentes. Dentre estes se destacam Douglas
|
de Almeida, articulador do
evento Viva a Poesia Viva e diretor da Biblioteca Comunitária
|
Prometeu Itinerante; e Mãe
Lélia, do bloco afrocultural Relíquias Africanas, que por onde
|
passa, derrama seu axé!
|
O Fórum já nasce com uma
série de demandas apontadas. Uma delas é a articulação e
|
consolidação de uma lei
estadual que ampare os antigos mestres das manifestações culturais
|
populares. Em setembro, um
grupo de militantes organizou uma Conferência Livre de Cultura
|
Popular que tirou como
resolução a imediata implementação da Lei 8899/03, a lei dos Mestres
|
de Saberes e Fazeres do
Estado da Bahia. O governo da Bahia ainda não se posicionou em
|
relação à lei nem à
resolução da Conferência Livre, aprovada na IV Conferência Estadual de
|
Cultura.
|
Outra demanda apresentada é
a urgente necessidade de uma movimentação cultural que
|
aponte as contradições das
políticas de preservação do Pelourinho e Centro Histórico de
|
Salvador. Ao contrário da
belíssima cidade de Rio de Contas, em que os moradores dão vida e
|
preservam as casas tombadas
como patrimônio, no Pelourinho continua se operando uma
|
verdadeira faxina étnica, em
que seus moradores (negros e pobres em sua maioria) são
|
expulsos para que os antigos
casarões sejam entregues a estrangeiros e grupos econômicos
|
poderosos.
|
Além disso, o Fórum já
começou a desenvolver sua primeira pesquisa, intitulada
|
“Mapeamento dos Agentes e
Grupos Culturais do Estado da Bahia”, iniciativa acadêmica que
|
objetiva fortalecer os
agentes e os grupos culturais envolvidos. O fórum agrega em sua
|
formação um grupo
transdisciplinar de pesquisadores voltado para execução de pesquisas,
|
construção de diagnósticos e
relatórios técnicos acerca da cultura no estado. Inicialmente,
|
esse eixo de atuação
apresenta como meta a construção de um dossiê virtual, que registre
|
através de textos,
depoimentos, fotos e vídeos as manifestações culturais baianas. Um
|
produto cultural de grande
relevância para registro e difusão das ações culturais já
|
desenvolvidas nos 27
territórios de identidade.
|
Pra quem esteve em Rio de
Contas, saudades de uma cidade bonita e limpa, com um passado
|
que se faz presente, um povo
educado e acolhedor. Fica a expectativa para o próximo
|
encontro, no final de Abril,
quando se aprovará o Regimento e será eleita a Coordenação do
|
Fórum, responsável por sua
articulação pelos próximos dois anos. A anfitriã será São Francisco
|
do Conde, no recôncavo
baiano, cidade que possui cultura rica, juventude organizada e uma
|
administração política
popular. Tod@s artistas e militantes culturais da Bahia estão
|
convidad@s. Rumo a São
Francisco do Conde!Vida longa ao Fórum de Cultura da Bahia!
|
Paulo Magalhães
|
Jornalista e mestre em
ciências sociais;
membro da ACANNE (Associação
de
Capoeira Angola Navio
Negreiro) e do
Fórum de Cultura da Bahia.
|
O NOSSO IV ENCONTRO SERÁ NO
RECÔNCAVO BAIANO
|
Com fortes marcas da
colonização portuguesa e da miscigenação entre as culturas
|
europeia, africana e
indígena. A Região é rica em folclore, culinária e nas artes do seu
|
povo mestiço, mostra as
marcas do seu passado nas cidades históricas e nos quase 400
|
antigos engenhos de
cana-de-açúcar que povoaram a região durante a colonização do
|
Brasil.
|
Guarda um passado de
riquezas e atos heróicos do seu povo que, praticamente
|
desarmado, lutou contra
invasões estrangeiras, lutando bravamente contra os
|
portugueses pela independência
do Brasil. Forte presença do barroco da
|
arquitetura do século XVIII,
cidades como Cachoeira, São Félix, Santo Amaro,
|
São Francisco do Conde,
Jaguaripe e Nazaré, que nasceram se desenvolveram
|
e experimentaram o luxo e a
opulência no decorrer dos ciclos da
|
cana-de-açúcar, do fumo e do
gado. Com a abolição da escravidão
|
no Brasil, a economia do
Recôncavo entrou em decadência e os senhores
|
de engenho, na falência. As
famílias da casa-grande mudaram para a capital da
|
província, deixando para
trás vilas, cidades, belas construções coloniais e as terras de
|
massapé.
|
Na culinária típica há
combinação entre as três raças, em pratos regados a azeite de
|
dendê e os mais variados
doces, licores e aguardentes; é descobrir belezas naturais
|
escondidas nos rios
Paraguaçu e Jaguaripe em toda a área de influência dos seus
|
estuários em torno da Baía
de Todos os Santos, no lagamar do Iguape, nas praias de
|
Saubara. Religiosidade,
misticismo e história são marcas registradas do Recôncavo
|
emoldurado por extensos
canaviais, ricos manguezais e o que ainda resta de floresta
|
tropical.
|
As cidades são: Cabaceiras
do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do
|
Almeida, Cruz das Almas, D.
Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe,
|
Muniz Ferreira, Muritiba,
Nazaré, Santo Amaro, Santo Antonio de Jesus, São Felipe,
|
São Félix, São Francisco do
Conde, São Sebastião do Passe, Sapeaçu, Saubara, Varzedo.
|
O IV Encontro do Fórum de
Cultura da Bahia, será nos dias 28 e 29 de Abril, na Cidade
|
de São Francisco do Conde.
|
Fórum de Cultura da Bahia!
|
procuro rosa bastista de araujo
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